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Coberturas Especiais

Pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação de EGFR após tratamento com inibidores de tirosina quinase (TKIs) de EGFR de primeira ou segunda geração apresentam alta incidência de metástases leptomeníngeas (ML). Estudo apresentado no WCLC 2024 avaliou a eficácia, segurança e farmacocinética de 80 mg de osimertinibe em pacientes com ML resistentes a TKIs de EGFR, com resultados que demonstram atividade intracraniana significativa e benefício de sobrevida nessa população de pacientes, independentemente do status da mutação T 790M.

Estudo selecionado no programa do WCLC 2024 buscou identificar os fatores associados ao diagnóstico do câncer de pulmão em estágio inicial no Brasil e mostrou que, além das diferenças regionais que desafiam o acesso, o nível de escolaridade foi o fator mais decisivo associado à detecção precoce. O trabalho tem como primeira autora a pesquisadora Isabel Emmerick (foto), da UMass Chan Medical School, e como autor sênior Mário Jorge Sobreira da Silva (foto), do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Selecionado no programa do WCLC 2024, estudo de Rodrigo Dienstsman (foto) e colegas buscou avaliar a sobrevida global no mundo real de uma coorte de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) metastático após tratamento paliativo de primeira linha com inibidores de tirosina quinase (TKIs) e imunoterapia (IO). Os resultados corroboram a importância de conhecer o perfil molecular, indicando melhores resultados entre pacientes que receberam terapias-alvo, em especial aqueles tratados com TKIs.

Estudo destacado no programa científico do WCLC 2024 apresentou resultados da análise de segurança do estudo de Fase 3 (LAURA) que avaliou osimertinibe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado com mutação EGFR em estágio III irressecável sem progressão da doença, durante/após quimiorradioterapia. Os dados mostram que o perfil de segurança foi manejável, dentro do esperado, e apoiam osimertinibe como novo padrão de tratamento para essa população de pacientes.

Tumores epiteliais tímicos (TETs) são tumores malignos raros com opções limitadas de tratamento. Nenhum tratamento padrão de segunda linha está disponível após a quimioterapia de primeira linha preferida, o que se reflete em resultados limitados e prognóstico ruim. Estudo apresentado no WCLC 2024 com participação dos brasileiros Vladmir Cordeiro de Lima e Helano de Freitas (foto), do AC Camargo Cancer Center, sugere que os inibidores de tirosina quinase (TKIs) representam uma opção de tratamento viável em TETs avançados.

O brasileiro Fábio Ynoe de Moraes (foto), médico especialista em radioterapia e diretor do Programa Global de Oncologia da Queen's University, em Kingston, Canadá, é um dos organizadores da 2024 World Conference on Lung Cancer, que acontece de 7 a 10 de setembro em San Diego. Na edição deste ano, a Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer de Pulmão (IASLC, na sigla em inglês) celebra 50 anos de colaboração internacional e educação em oncologia torácica.

Osimertinibe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão (SLP) de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação de EGFR em estágio III, irressecável, tratados com quimiorradioterapia e pode ser um novo padrão de tratamento para essa população. É o que apontam os resultados do estudo de fase 3 (LAURA) destacado em Sessão Plenária no ASCO 2024, demonstrando mediana de SLP de 39 meses no grupo osimertinibe (osi) em comparação a 6 meses no grupo placebo. Após 12 meses, 74% dos pacientes tratados com osi não apresentavam progressão da doença, contra 22% no grupo controle.

A terapia de consolidação com durvalumabe após quimiorradioterapia (CRT) demonstrou melhora na sobrevida global e sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de pulmão de células pequenas em estágio limitado em comparação com o atual padrão de tratamento com CRT isolada. “Este é o primeiro estudo a mostrar eficácia da imunoterapia nessa população de pacientes”, afirmou David Spigel (foto), diretor científico do Sarah Cannon Research Institute, em Nashville, e principal autor do estudo.

Nos ensaios DESTINY-BREAST (DB) 01, 02 e 03, o tratamento com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) em pacientes com câncer de mama metastático HER2+ previamente tratados resultou em taxas de resposta objetiva confirmadas por revisão central independente (ICR; cega para DB-02 e 03) de 62%, 70% e 79%, e taxas de resposta completa de 7%, 14% e 21%, respectivamente. No ASCO 2024, a oncologista Cristina Saura (foto) apresentou resultados da análise agrupada dos ensaios DB 01, 02 e 03, demonstrando respostas duráveis, ​​ com sobrevida global e livre de progressão prolongadas, que apoiam ainda mais o uso de T-DXd nessa população.

A utilização da telemedicina pode promover importante redução nas emissões de gases geradas durante a assistência ambulatorial para o tratamento do câncer, o que corresponde a uma pequena redução na mortalidade humana. Os dados são de estudo apresentado no ASCO 2024 por pesquisadores do Dana Farber Cancer Institute, com publicação simultânea de Hantel et. al. no JAMA Oncology. A análise mostrou que a transição para a telemedicina durante a pandemia da COVID-19 levou a uma redução relativa de 81% nas emissões de equivalentes de CO2.

No adenocarcinoma de esôfago localmente avançado ressecável, o tratamento com quimioterapia perioperatória melhorou a sobrevida em comparação com a quimiorradioterapia neoadjuvante. “Nosso estudo mostra a superioridade da quimioterapia perioperatória FLOT (5-FU/leucovorina/oxaliplatina/docetaxel) como estratégia multimodal nessa poulação de pacientes”, afirmou Jens Hoeppner (foto), cirurgião na Universidade de Bielefeld, Alemanha, e principal autor do estudo de Fase 3 ESOPEC (LBA1), apresentado em Sessão Plenária no ASCO 2024.