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Coberturas Especiais

Resultados de estudo selecionado para apresentação em Sessão Plenária da 66ª Reunião Anual da Sociedade Americana de Hematologia (ASH 2024) demonstram que o β-hidroxibutirato (BHB) derivado da dieta cetogênica pode ser fornecido como uma intervenção dietética para aumentar a função do CAR-T em vários modelos de câncer. “Os resultados deste estudo serão traduzidos em um primeiro ensaio clínico em humanos de suplementação de BHB durante o tratamento com CART19 para linfoma de células B recidivado ou refratário”, afirmaram os autores.

Ensaio clínico intervencionista e estudo in vivo demonstraram que uma intervenção controlada de dieta rica em fibras vegetais pode retardar a progressão da gamopatia monoclonal de significado indeterminado e mieloma múltiplo smoldering para mieloma múltiplo. “Juntos, nossos dados apoiam o papel anti-inflamatório benéfico de uma dieta rica em fibras vegetais”, afirmaram os autores. Os resultados foram selecionados para sessão oral no ASH 2024, em apresentação de Urvi Shah (foto), médica do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque (EUA).

Em uma coorte prospectiva, o tabagismo foi associado a mutações genéticas distintas relacionadas a síndromes mielodisplásicas, sugerindo que o tabagismo contribui potencialmente para sua patogênese molecular em várias etapas. “Também foi demonstrada uma relação dose-resposta, assim como uma associação com progressão e sobrevida”, destacaram os autores. O estudo integra a programação científica do ASH 2024.

Mirvetuximabe soravtansina demonstrou atividade antitumoral clinicamente significativa e tolerabilidade favorável em pacientes com câncer de ovário recorrente sensível à platina com alta expressão do receptor alfa de folato (FRα). Os resultados são do estudo PICCOLO, apresentado em sessão mini-oral no ESMO 2024.

ABBV-400, um novo conjugado anticorpo-droga (ADC) direcionado à proteína c-Met, está sendo avaliado em tumores sólidos avançados e um estudo de Fase 1 em andamento (NCT05029882). No escalonamento de dose (N=57), ABBV-400 demonstrou perfil de segurança tolerável e eficácia promissora. Agora, em sessão mini-oral no ESMO 2024, foram apresentados os resultados de expansão de dose da coorte de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas EGFR selvagem.

Dados apresentados no ESMO 2024 por Arun Azad (foto), oncologista do Peter MacCallum Cancer Centre, apoiam o papel de 177Lu-PSMA no câncer de próstata metastático hormônio sensível, em pacientes com alto volume de doença. O uso de 177Lu-PSMA seguido por docetaxel melhorou os resultados clínicos desses pacientes em comparação com docetaxel isoladamente, sem aumentar a toxicidade.

Resultados do ensaio ROME relatados no ESMO 2024 demonstram que uma abordagem de tratamento baseada no perfil mutacional e na discussão de um Molecular Tumor Board (MTB) melhora significativamente a taxa de resposta e a sobrevida livre de progressão em comparação com o padrão de tratamento em pacientes com tumores sólidos metastáticos pré-tratados.

A oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Oncologia e Líder do Centro de Referência de Tumores Neuroendócrinos do A.C.Camargo Cancer Center, é primeira autora de estudo selecionado para apresentação em pôster no ESMO 2024 que avaliou a eficácia do everolimus em doses mais baixas em pacientes com tumores neuroendócrinos avançados. “Nossos resultados mostraram resultados semelhante entre as doses, com menos toxicidade e custo reduzido”, destacam os autores.

Estudo brasileiro buscou caracterizar os fatores associados a uma sobrevida global inferior a 90 dias em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com performance status 2 a 4. O estudo é fruto da tese de doutorado de Ana Paula Borges (foto), médica especializada em cuidados paliativos, e foi apresentado na sessão de pôster do ESMO 2024 pelo oncologista Gilberto de Castro Júnior, orientador do trabalho.

Análise expandida do estudo AEGEAN sugere que a ausência de clearence de ctDNA precoce pode identificar pacientes com câncer de pulmão de células ressecável com pouca probabilidade de atingir resposta patológica completa. Os resultados foram apresentados por Martin Reck (foto), chefe do Departamento de Oncologia Torácica da Clínica Pulmonar Grosshansdorf, Alemanha, em sessão mini-oral no ESMO 2024.

O  GigaPath, um modelo baseado em inteligência artificial (IA), promete acelerar o progresso da pesquisa em patologia digital. A plataforma é totalmente aberta, incluindo o código-fonte, e foi um dos destaques do Simpósio Presidencial 3 do ESMO 2024 (Eyes to the future), em apresentação do patologista Carlo Bifulco (foto). “Estamos diante de uma nova era. A patologia computacional vai transformar o diagnóstico do câncer”, sinalizou.