Mulheres pretas têm pior qualidade de acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama
A disparidade racial pode ser um fator crítico que influencia o acesso e a qualidade dos serviços de saúde, incluindo o rastreamento e o diagnóstico do câncer de mama (CM). A mastologista Juliana Francisco (foto) apresentou no SABCS 2024 estudo que mostra profundas disparidades no rastreamento, diagnóstico e tratamento do CM no Brasil, indicando que 46,5% das mulheres pretas receberam diagnóstico de CM em estágio 3 ou 4 no período avaliado, comparado a 35,5% em mulheres brancas, e 65,5% das mulheres pretas iniciaram o tratamento após 60 dias. “Somente através de abordagens integradas e inclusivas será possível garantir que todas as mulheres, independentemente de sua raça ou etnia, tenham acesso igualitário a cuidados de saúde de qualidade e, assim, melhorar o impacto nas taxas de sobrevida ao câncer de mama e na qualidade de vida”, destacam os autores.