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aprovado 22A agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso do anti-CTLA-4 tremelimumabe (Imjudo®, Astrazeneca) em associação com o inibidor de PD-L1 durvalumabe (Imfinzi®, Astrazeneca) no tratamento de primeira linha do carcinoma hepatocelular irressecável1. A aprovação é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 HIMALAYA, apresentado no ASCO GI 2022 e publicado na New England Journal of Medicine2.

covid 4 bxPacientes com câncer e um sistema imune debilitado tratados com imunoterapias tendem a se sair muito pior da COVID-19 do que aqueles que não receberam essas terapias nos três meses anteriores ao diagnóstico de COVID. É o que mostra novo estudo de pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute publicado online no Jama Oncology, indicando que pacientes com câncer imunocomprometidos devem ter cuidado especial para evitar a COVID e, se necessário, devem receber tratamento agressivo.

GuidelinesA Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) publicou recomendações para o rastreamento da síndrome hereditária de câncer de mama e ovário, assim como diretrizes para a redução de risco em indivíduos afetados. As recomendações são baseadas em dados científicos disponíveis e na opinião de especialistas, destinadas principalmente a ambientes com muitos recursos.

neil grossA terapia neoadjuvante com cemiplimabe foi associada à resposta patológica completa em alta porcentagem de pacientes com carcinoma espinocelular cutâneo ressecável. É o que mostram resultados de estudo multicêntrico de Fase II reportados por Neil Gross (foto) e colegas na New England Journal of Medicine (NEJM), corroborando achados de estudo piloto que já apontava o benefício de cemiplimabe neoadjuvante nessa população de pacientes.

bernardo salvajoli 2020 bxAdicionar radioterapia estereotática (SBRT) à terapia sistêmica com sorafenibe para pacientes com câncer de fígado avançado pode estender a sobrevida global e retardar a progressão do tumor sem comprometer a qualidade de vida dos pacientes. Os resultados do estudo de Fase 3 NRG Oncology/RTOG 1112 (NCT01730937) foram apresentados no encontro anual da American Society for Radiation Oncology (ASTRO) e indicam que a radioterapia deve ser uma opção de tratamento padrão para pacientes com câncer de fígado que não elegíveis para ressecção e outras terapias locorregionais padrão. Bernardo Salvajoli (foto), médico especialista em radioterapia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e do Hospital do Coração (HCorOnco), comenta os resultados.

No podcast Onconews, Silvio Bromberg e Daniel Gimenes discutem os resultados de estudo Fase 2 publicado no Lancet Oncology que investiga a radioterapia isolada, sem cirurgia de mama, em pacientes com câncer de mama triplo-negativo em estágio inicial ou câncer de mama HER2-positivo tratadas com terapia sistêmica neoadjuvante que tiveram uma resposta patológica completa determinada por biópsia percutânea guiada por imagem assistida a vácuo. Os especialistas também analisam trabalho publicado no Annals of Oncology que avaliou a eficácia de durvalumabe neoadjuvante na sobrevida em pacientes com câncer de mama inicial triplo negativo independente da resposta patológica completa. Confira.

anelisa coutinho 21 bxA quimioterapia adjuvante à base de oxaliplatina por 6 meses continua sendo um padrão em pacientes com câncer de cólon (CC) em estágio III de alto risco. Análise combinada (ACCENT/IDEA) que avaliou o impacto da descontinuação precoce de todo o tratamento (ETD) ou a descontinuação precoce da oxaliplatina (EOD) no prognóstico mostrou que a ETD foi associada a piores resultados oncológicos, o que não foi observado com a descontinuação da oxaliplatina. “Naqueles pacientes com toxicidade cumulativa, favoreço a interrupção da oxaliplatina quando já receberam 75% do planejado, mantendo a base do fluorouracil até completar todo o período programado para adjuvância e evitando o efeito detrimental da interrupção completa", observa Anelisa Coutinho (foto), oncologista na clínica AMO e Diretora Científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).

ASH Sangue NET OK 2Estudo de Lampson et al. buscou determinar se variantes raras de ATM de linhagem germinativa são mais frequentes na leucemia linfocítica crônica (LLC) em comparação com outras malignidades hematológicas e se influenciam as características clínicas da LLC. Os resultados mostram que sim, indicando que pacientes com LLC têm uma taxa excepcionalmente alta de variantes germinativas raras em ATM na comparação com pacientes com outras malignidades hematológicas.

approved NET OKA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o anticorpo droga-conjugado trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, AstraZeneca e Daiichi Sankyo) para o tratamento de pacientes adultas com câncer de mama HER2-low (IHC 1+ ou IHC 2+/ISH-) irressecável ou metastático que receberam quimioterapia prévia no cenário metastático ou tiveram recorrência da doença durante ou dentro de seis meses após a conclusão da quimioterapia adjuvante. A decisão publicada dia 31 de outubro no Diário Oficial da União (DOU nº 206)1 é baseada nos resultados do estudo de Fase III DESTINY-Breast04, apresentado em sessão plenária no ASCO 2022 e publicado na New England Journal of Medicine (NEJM)2.

aprovado 21A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a terapia CAR-T Cell axicabtageno ciloleucel (Yescarta®, Kite/Gilead) para tratamento de pacientes adultos com linfoma de grandes células B (LGCB), incluindo linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), linfoma primário do mediastino de grandes células B, linfoma de células B de alto grau e LDGCB surgindo de linfoma folicular e linfoma folicular (LF) recidivado ou refratário após dois ou mais tratamentos. A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU nº 203)1 e é baseada nos resultados de dois estudos, ZUMA-1 e ZUMA-5.

Foto Mariana FerreiraEstudo realizado no Instituto Nacional do Câncer (INCA) buscou avaliar os resultados de sobrevida em pacientes com câncer de mama infectadas pelo vírus HIV em comparação com pacientes soronegativas tratadas na unidade hospitalar especializada em câncer de mama da instituição entre 2000 e 2014. Os resultados publicados na The Breast demonstram que as pacientes soropositivas apresentaram um pior prognóstico, independente dos fatores tumorais. “Este foi o primeiro estudo a avaliar a sobrevida ao câncer de mama em mulheres HIV+ em uma instituição de referência no tratamento do câncer no Brasil”, observam os autores. A pesquisadora Mariana Pinto Ferreira (foto) é a primeira autora do trabalho.

O inibidor de PARP talazoparibe é ativo no câncer de mama avançado com mutação BRCA1 e BRCA2 (gBRCA1/2), mas sua atividade além do gBRCA1/2 é pouco compreendida. Agora, ensaio aberto de Fase 2 publicado na Nature Cancer buscou avaliar a eficácia de talazoparibe em pacientes com câncer de mama avançado HER2-negativo pré-tratado ou outros tumores sólidos com mutações na recombinação homóloga de genes de vias diferentes de BRCA1 e BRCA2. Silvio Bromberg e Daniel Gimenes comentam os resultados no PODCAST ONCONEWS, em edição que discute ainda trabalho publicado na Breast Cancer Research and Treatment que buscou avaliar a segurança oncológica da omissão do estadiamento cirúrgico axilar em pacientes que desenvolveram recorrência do tumor de mama ipsilateral com linfonodos negativos após cirurgia conservadora de mama prévia. Ouça.

MAMA bxA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o anticorpo droga-conjugado sacituzumabe govitecana (Trodelvy®, Gilead Sciences) para o tratamento de pacientes adultos com câncer de mama triplo-negativo irressecável ou metastático que receberam duas ou mais terapias sistêmicas anteriores, incluindo pelo menos uma para doença avançada. A decisão foi publicada dia 17 de outubro no Diário Oficial da União (DOU nº 197)1 e é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 ASCENT, publicado na New England Journal of Medicine2.

As mudanças no tratamento radioterápico e quimioterápico em crianças com câncer ao longo do tempo estão associadas a mudanças no risco de câncer de mama entre sobreviventes de longo prazo? Relatório do Childhood Cancer Survivor Study (CCSS) avaliou 11.550 mulheres sobreviventes de câncer pediátrico e buscou quantificar a associação entre mudanças temporais no tratamento do câncer ao longo de 3 décadas e risco subsequente de câncer de mama. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology e são analisados pelos médicos Silvio Bromberg e Daniel Gimenes. Nesta edição do PODCASDT ONCONEWS, os especialistas também discutem trabalho publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) que analisa a validade clínica do PET com o radiofármaco 16α-[18F]Fluoro-17β-estradiol (PET-FES) para determinar o status do receptor de estrogênio em pacientes com câncer de mama metastático recém-diagnosticado. Ouça.

fda 2020 bxA agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) publicou recomendações para o desenvolvimento de drogas agnósticas em oncologia. “Embora os pedidos de um medicamento oncológico agnóstico sejam revisados ​​quanto à segurança e eficácia sob o mesmo padrão legal e regulatório que os medicamentos indicados para um câncer específico, o desenvolvimento de um medicamento oncológico agnóstico levanta questões que geralmente não surgem em abordagens de desenvolvimento mais tradicionais”, explica a agência reguladora.

diversidadeArtigo de Thomas J. Hwang e Otis W. Brawley publicado na New England Jounal of Medicine destaca esforço do FDA e do Congresso norte-americano, com o objetivo de ampliar a diversidade de participantes na pesquisa clínica. “Na primeira grande mudança de política para equidade em pesquisa clínica em quase três décadas, o Congresso está se movendo para aprovar novas medidas destinadas a melhorar a diversidade dos ensaios clínicos”, descrevem os autores.