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A participação no Projeto Orbis se traduz em acesso mais rápido do paciente a medicamentos com alto benefício clínico e custos sustentáveis? Vinay Prasad (foto) e colegas analisaram os medicamentos contra o câncer revisados no Projeto Orbis entre maio de 2019 e novembro de 2023, comparando os cenários dos EUA, Canadá, Escócia e Inglaterra. A análise revela que Canadá, Inglaterra e Escócia  raramente forneceram recomendações positivas sem destacar incertezas clínicas e econômicas e, em alguns casos, não recomendaram esses medicamentos para reembolso. Os resultados clínicos do Projeto Orbis não foram diferentes de outras aprovações da FDA durante o mesmo período em termos de sobrevida global (p=0,11) e sobrevida livre de progressão (p=0,44), achados que levantam dúvidas sobre os benefícios da harmonização regulatória.

Treze tipos de câncer já foram identificados como cânceres associadas à obesidade. Estudo que comparou agonistas do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1RA), eficazes para o tratamento de diabetes tipo 2 (DT2) e para atingir a perda de peso, mostrou que os GLP-1RAs foram associados a menores riscos de desenvolver esses tipos  de câncer em comparação com insulinas ou metformina em pacientes com DT2. “Esses achados fornecem evidências preliminares do benefício potencial dos GLP-1RAs para prevenção do câncer em populações de alto risco”, destacam os autores, em artigo no JAMA Network Open.

A progressão da doença (PD) em pacientes com tumores sólidos é um diagnóstico comum durante hospitalizações não planejadas e está associada a maiores taxas de mortalidade hospitalar e pior sobrevida global após a alta. É o que demonstra pesquisa do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), que revelou taxa de mortalidade hospitalar de 18,9% entre 3,7 mil internações não planejadas em 2021, motivadas principalmente por progressão da doença (34%), infecção (31,1%) e dor oncológica (13,4%). “Os oncologistas devem estar cientes das implicações prognósticas de hospitalizações não planejadas por progressão da doença e alinhar as metas de tratamento com seus pacientes”, destaca a análise. Os oncologistas Cassio Murilo Hidalgo Filho e Felippe Lazar Neto (foto) assinam como primeiro autor.

Nos EUA, o carcinoma hepatocelular (CHC) tem sido o câncer de crescimento mais rápido desde 1980, com estimativas  que indicando que a esteatose hepática associada à disfunção metabólica (MASLD) vai se tornar em breve a principal causa de CHC no cenário norte-americano. Um modelo preditivo desenvolvido a partir de dados de quase 2 milhões de pacientes com MASLD mostrou alta sensibilidade e especificidade para apoiar estratégias de vigilância, como relatam Rodriguez et al., no Jama Network Open.

Ensaio clínico randomizado demonstrou a eficácia de não inferioridade de um dispositivo de ablação térmica portátil e movido à bateria em comparação à crioterapia e à excisão eletrocirúrgica como estratégia para tratar lesão cervical pré-maligna em ambientes com recursos limitados. O médico epidemiologista Arn Migowski (foto), comenta o estudo. 

Em vídeo exclusivo gravado para o Onconews, o oncologista Suresh Ramalingam (foto) apresenta o estudo de Fase 3 LAURA, que além de ter sido selecionada para a Sessão Plenária no ASCO 2024 foi publicado simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM). O trabalho demonstrou que osimertinibe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão (SLP) de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação de EGFR em estágio III, irressecável, tratados com quimiorradioterapia e pode ser um novo padrão de tratamento para essa população. Suresh Ramalingam é diretor executivo do Winship Cancer Institute, da Emory University, e principal autor do estudo LAURA. Assista.

Pesquisadores da American Cancer Society (ACS) e da International Agency for Research on Cancer (IARC) estimam que 40% de todos os casos de câncer nos Estados Unidos em pessoas com 30 anos ou mais são atribuíveis a fatores de risco potencialmente modificáveis, incluindo tabagismo, excesso de peso corporal, consumo de álcool, consumo de carne vermelha e processada, baixo consumo de frutas e vegetais, inatividade física, radiação ultravioleta e infecções. Os resultados foram publicados no CA: A Cancer Journal for Clinicians, periódico da ACS.

Estudo de coorte retrospectivo explora a relação entre os níveis de vitamina D e o risco de mortalidade em 5 anos entre 1.549 pacientes com câncer de cólon atendidos em centros de saúde da Universidade da Califórnia entre 2012 e 2019, com foco particular no papel mediador das comorbidades. Os resultados foram publicados no periódico Nutrition and Cancer.

Estudo publicado no periódico Nutrition and Cancer avaliou os efeitos precoces da quimioterapia no alívio dos sintomas, estado nutricional e saúde mental em pacientes idosos com câncer de pulmão de células não pequenas avançado (CPCNP). “O estudo destaca a ligação vital entre o estado nutricional e a saúde mental em pacientes idosos com CPCNP”, destacam os autores.