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A Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) apresentou dados atualizados sobre o câncer de cabeça e pescoço (CCP), com informações epidemiológicas extraídas dos 79 Registros Hospitalares de Câncer (RHCs) do Estado. A análise considera 42 544 casos de câncer de cabeça e pescoço diagnosticados de 2000 a 2020 e mostra que o estadiamento avançado ainda representa 70,5% desses diagnósticos, com sobrevida global em 5 anos de apenas 21%. Adeylson Guimarães (foto), diretor adjunto da FOSP, analisa os principais indicadores do CCP em São Paulo.

Estudo publicado na Blood, periódico da American Society of Hematology (ASH), mostrou que pacientes do sexo feminino podem engravidar e gerar crianças saudáveis ​​após transplante alogênico de células hematopoiéticas (TCTH). “As descobertas refutam o antigo consenso de que gestações pós-transplante são praticamente impossíveis e destacam a necessidade de maior aconselhamento sobre fertilidade para essa população de pacientes”, afirmaram os autores.

Em artigo no ESMO Open, Muneer et al. fornecem recomendações para diagnóstico, estadiamento, tratamento e acompanhamento do câncer de pênis. As recomendações têm a chancela da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) e da EURACAN, grupo constituído com foco em tumores sólidos raros, refletindo dados científicos disponíveis e a opinião de consenso dos autores. A diretriz de prática clínica também incorpora algoritmos para o tratamento de tumores penianos primários e linfonodos inguinais.

Para melhorar a sobrevida de idosos com câncer e comorbilidades, o envelhecimento e as comorbilidades devem ser considerados em conjunto e incorporados em todas as etapas da pesquisa em câncer. A recomendação vem de artigo publicado no Journal of the National Cancer Institute (JNCI) que destaca insights de uma série de webinars organizados pelo Instituto Nacional do Câncer (NCI).

Meta-análise realizada por pesquisadores da Liga Contra o Câncer, com participação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, buscou avaliar as características clínicas de pacientes com linfoma de Hodgkin vivendo com HIV (HIV-HL) durante a era da terapia antirretroviral combinada. “Nossos achados indicam que pacientes com HIV-HL apresentaram sobrevida global de 92% em 2 anos, embora a SG tenha diminuído para 79% em 5 anos”, destaca o trabalho, que tem como primeiro autor o pesquisador Amaxsell Thiago B. de Souza (à esq) e como autor correspondente Kleyton Medeiros (foto), Gerente de Pesquisa da Liga Contra o Câncer.

O novo regime de brentuximabe vedotina, etoposídeo, ciclofosfamida, doxorrubicina, dacarbazina e dexametasona (BrECADD) melhorou a relação risco-benefício no tratamento de linfoma de Hodgkin clássico em estágio avançado após dois ciclos de quimioterapia sistêmica. Os resultados estão em artigo de Borchmann et al., no Lancet, e mostram que BrECADD guiado por PET teve eficácia superior nessa população de pacientes em relação à sobrevida livre de progressão (SLP) e melhor tolerabilidade em termos de mortalidade relacionada ao tratamento na comparação com eBEACOPP.  O oncologista e oncogeneticista Bernardo Garicochea (foto) comenta o trabalho.

Declaração de Consenso do grupo FAST (Facilitating Anaplastic Thyroid Cancer Specialized Treatment) do MD Anderson Cancer Center enfatiza que a identificação rápida de uma variante patogênica BRAF V600E e o início oportuno da terapia sequencial são essenciais para evitar morbidade e mortalidade excessivas em pacientes com carcinoma anaplásico da tireoide com essa doença anteriormente incurável. O consenso tem participação das brasileiras Renata Ferrarotto (à esq.) e Luana Sousa (foto), em artigo no JAMA Network Open.

Estudo com participação do brasileiro Roberto Carmagnani Pestana (foto) está entre os 10 artigos mais citados no CA Cancer Journal, um dos periódicos com maior fator de impacto na ciência. O trabalho (Antibody–drug conjugates: Smart chemotherapy delivery across tumor histologies) tem como primeiro autor o oncologista Paolo Tarantino (à direita), médico oncologista e pesquisador do Dana-Farber Cancer Institute e da Harvard Medical School.

Artigo de Talha Burki publicado no Lancet Oncology reverbera nova denúncia contra a gigante do tabaco Philip Morris Internacional (PMI), expondo práticas da empresa para fazer conexões com formuladores de políticas, médicos e empresas de pesquisa.  A notícia mostra que a maior empresa de tabaco do mundo e sua subsidiária, a Phillip Morris Japan (PMJ), financiaram secretamente acadêmicos da Universidade de Kyoto para realizar pesquisas sobre cessação do tabagismo. Há também evidências de que a PMJ financiou uma consultoria em ciências biológicas, a FTI-Innovations, dirigida por um renomado professor da Universidade de Tóquio, com o objetivo de construir uma rede de especialistas para influenciar políticas de saúde pública.

A vitamina D tem sido considerada um fator de proteção contra o câncer de mama, mas sua relação com qualquer aspecto da doença permanece controversa. Estudo clínico realizado no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, indicou associação significativa entre níveis mais baixos de vitamina D e câncer de mama, achado que persistiu após análise multivariada (p<0,001). O trabalho tem como primeira autora a médica Talita Siemann Santos Pereira e participação do oncogeneticista José Claudio Casali da Rocha (foto).