Onconews - ÚLTIMAS NOTÍCIAS - Page #38

Últimas Notícias

O estudo original do RTOG 0617 foi prospectivo, aleatorizado, fase 3, com estrutura 2 x 2, investigando o impacto em sobrevida global de pacientes com tumores de pulmão não células não pequenas estádios III e dose padrão de radioterapia (60Gy em 30 frações) ou alta dose (74Gy em 37 frações), com ou sem Cetuximab em ambos os braços, além de quimioterapia com Paclitaxel e Cisplatina1.

A União Europeia aprovou o uso de osimertinibe (Tagrisso®, Astrazeneca) associado à quimioterapia à base de platina no tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas localmente avançado ou metastático com mutação de EGFR (deleção do éxon 19 ou mutação no L858R). A decisão é baseada nos resultados do estudo randomizado de Fase 3 FLAURA2, publicado na New England Journal of Medicine (NEJM).

Estudo publicado no periódico Frontiers in Oncology enfoca o suporte nutricional em pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço e seu impacto nos resultados, prognóstico e qualidade de vida, com ênfase no papel da equipe multidisciplinar. “A heterogeneidade dos estudos com foco na desnutrição, caquexia e sarcopenia em pacientes com câncer de cabeça e pescoço impacta negativamente a difusão e a adesão às diretrizes atuais”, avaliam os autores.

O tromboembolismo venoso está associado à morbidade e mortalidade significativas do paciente e pode levar a atrasos no tratamento do câncer. Revisão sistemática com meta-análise demonstra incidência de 10% de tromboembolia venosa em pacientes com câncer de ovário avançado recebendo quimioterapia neoadjuvante, sugerindo papel para a tromboprofilaxia universal nesta população. A oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto) analisa os resultados.

A exposição a crimes violentos está correlacionada com a sinalização de glicocorticoides e a mudanças na expressão gênica do câncer de pulmão, sugerindo que as condições sociais têm consequências biofísicas e estão fortemente associadas ao aumento da agressividade tumoral. É o que aponta estudo publicado na Cancer Research Communications, com achados que contribuem para ampliar a compreensão das disparidades do câncer de pulmão no contexto norte-americano.

A traquelectomia vaginal radical é um tratamento de preservação da fertilidade para pacientes com câncer cervical inicial. Estudo prospectivo, que constitui a maior série de casos (n= 471) com o acompanhamento mais longo (mediana de 13 anos) relatado até o momento, confirma a segurança oncológica da traquelectomia vaginal radical, associada a altas taxas de gravidez, com resultados de sobrevida livre de doença (96%) e sobrevida global (98%) equivalentes aos da histerectomia radical. Glauco Baiocchi (foto), líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do AC Camargo Cancer Center, comenta o estudo.

O cirurgião do aparelho digestivo Willy Petrini Souza (foto), médico do Hospital das Clínicas da FMUSP, é primeiro autor de estudo publicado no Journal of Surgical Oncology que avaliou a frequência do envolvimento linfonodal de acordo com as categorias eCura, um sistema de pontuação para estratificar a curabilidade após dissecção endoscópica em pacientes com câncer gástrico inicial.

Um novo volume da série dedicada à prevenção do câncer e produzida pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) já está disponível online, desta vez com foco na redução ou cessação do consumo de bebidas alcoólicas. Estimativas indicam que 741.300 novos casos de câncer foram atribuídos ao consumo de álcool em 2020,  representando globalmente 4,1% de todos os novos casos de câncer, 6,1% entre homens e 2,0% entre mulheres.

A Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) lançou um apelo por ações urgentes, tanto na União Europeia quanto nos níveis nacionais, para salvaguardar o futuro da pesquisa em câncer na Europa. “Centenas de ensaios estão sendo adiados na Europa por consequências não intencionais do IVDR (In Vitro Diagnostics Medical Devices Regulation), que representam uma ameaça ao papel da Europa como líder na pesquisa oncológica global”.

Estudo publicado no The Breast avaliou os fatores associados à não persistência à terapia endócrina em 5 anos, trazendo dados de qualidade de vida e sintomas em mulheres jovens (≤40 anos) com câncer de mama receptor hormonal positivo. “Embora a idade mais jovem tenha sido negativamente associada à persistência à terapia endócrina adjuvante, os fatores que contribuem para essa não persistência permanecem pouco compreendidos”, observaram os autores.

As evidências demonstram que a atividade física traz uma série de benefícios aos pacientes com câncer. Apesar disso, artigo publicado no ESMO Open relata que cerca de 48% dos pacientes com câncer entrevistados afirmaram que seus oncologistas nunca abordaram o tema em suas consultas, e apenas 10% foram encaminhados para serviços dedicados à prática de exercícios.