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A vigilância seletiva de indivíduos com alto risco de câncer de pâncreas pode melhorar os resultados clínicos, de acordo com os resultados de estudo de coorte publicado no JAMA Oncology. A vigilância levou a uma proporção significativamente maior de cânceres em estágio I (31% versus 10%), maior taxa de sobrevida em 5 anos (50% versus 9%) e menor taxa de mortalidade específica por câncer de pâncreas (43% versuss 86%).

Pesquisa global realizada pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) e pela Sociedade Europeia de Oncologia Pediátrica (SIOPE) mostrou que apenas 10% dos respondentes afirmam ter recebido formação adequada sobre como adaptar os cuidados oncológicos específicos para a população LGBTQ. “Este trabalho representa um avanço importante para promover a igualdade nos cuidados para todas as pessoas com câncer, incluindo aquelas que fazem parte de minorias”, afirmaram os autores em artigo publicado no ESMO Open.

O PET-CT com 18F-PSMA-1007 é superior à ressonância magnética multiparamétrica (MRI) para o estadiamento do câncer de próstata de risco intermediário e alto risco antes do tratamento? Estudo prospectivo de coorte publicado no JAMA Oncology mostrou que o PET-CT com 18F-PSMA identificou corretamente o estágio patológico final do tumor em 61 homens (45%) em comparação com 38 homens (28%) com ressonância magnética multiparamétrica, uma diferença estatisticamente significativa.

Estudo multicêntrico com participação de pesquisadores da Universidade São Francisco, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), da Harvard Medical School e do Istituto Zooprofilattico Sperimentale delle Venezie (IZSVe) apresentou um modelo validado para prever resposta à quimioterapia neoadjuvante no câncer de mama. “Os metabólitos identificados podem ser considerados em conjunto com dados clínicos, permitindo o desenvolvimento de estratégias de medicina de precisão que levem a melhores escolhas de tratamento”, destacam os autores.

Existe uma demanda urgente para identificar variantes de risco genético no câncer de próstata, particularmente em genes de reparo do DNA (DDR), que podem ser alvo de estratégias baseadas em medicina de precisão. Pesquisa que analisou dados de sequenciamento de genoma completo e exoma de dois grandes conjuntos de dados familiares independentes de alto risco, australianos e norte-americanos, identificou novas variantes de risco de DDR no câncer de próstata (CaP). “Este estudo acrescenta conhecimento valioso à nossa compreensão dos genes DDR associados a CaP”, destacam os autores, com resultados que devem apoiar estratégias de triagem clínica e tratamento.

A quimioterapia neoadjuvante com mFOLFIRINOX seguida de quimiorradioterapia melhorou a sobrevida global (SG), confirmou benefícios de sobrevida livre de doença e livre de metástases de longo prazo em pacientes com câncer retal localmente avançado e deve ser considerada como uma das melhores opções de tratamento para esses pacientes, como demonstram dados do estudo PRODIGE-23 no Annals of Oncology. Em 7 anos, a SG foi de 81,9% no grupo de quimioterapia neoadjuvante e de 76,1% no grupo de tratamento padrão.

O estudo escandinavo HYPO-RT-PC, que comparou 42,7 Gy em 7 frações com o fracionamento convencional, não incluiu as vesículas seminais (VS) no volume alvo clínico. Trabalho de Elinore Wieslander e colegas, publicado na edição de julho do Advances in Radiation Oncology, implementou um boost integrado simultâneo ultra-hipofracionado (UHF-SIB) para radioterapia do câncer de próstata, incorporando VS ao volume alvo com base no esquema HYPO-RT-PC. Os resultados demonstram a viabilidade dessa estratégia, com doses aceitáveis para órgãos em risco. Robson Ferrigno (foto), radio-oncologista e coordenador dos serviços de Radioterapia da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta o estudo.

Que fatores influenciam a toxicidade financeira do paciente de câncer na perspectiva do profissional de saúde? Pesquisa aponta que o custo de medicamentos/tratamentos e a cobertura de planos de saúde são vistos como as principais fontes de toxicidade financeira em países de alta renda, enquanto em países de baixa e média renda o custo de transporte, a perda de emprego em consequência do diagnóstico de câncer e a indisponibilidade de serviços de recolocação profissional estão entre as principais causas. O trabalho tem participação de Cristiane Bergerot (foto), da Oncoclínicas, em artigo no JCO Global Oncology.

A taxa de incidência de câncer entre homens e mulheres é uma medida valiosa na epidemiologia e cada vez mais as diferenças sexuais na carga do câncer, a chamada  metodologia da razão sexual, é empregada para comparar dados, explorar diferenças e compreender a variabilidade do câncer. O cirurgião oncológico Wilson Luiz da Costa (foto) é coautor de editorial da Frontiers in Oncology que apresenta diferentes pesquisas publicadas sobre o tema, em trabalho que tem como primeiro autor Syed Raza, pesquisador da Universidade de Pittsburgh.