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pulmao 23 1“Validamos a utilidade clínica da recém-proposta classificação N da 9ª edição para estágios clínicos e patológicos no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP)”, destacam Kim et al. em artigo publicado no Journal of Thoracic Oncology. A nova classificação N mostrou clara separação prognóstica entre todas as categorias (N0, N1, N2a e N2b) em termos de sobrevida global e sobrevida livre de recorrência.

car tA terapia com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR) trouxe impacto sem precedentes no tratamento de malignidades hematológicas, como leucemia linfoblástica aguda, linfoma de células B e mieloma múltiplo, mas a eficácia das CAR T cells em tumores sólidos permanece limitada. Dois estudos publicados na Nature trazem novos insights que podem melhorar a eficácia das CAR T cells contra tumores sólidos.

terapia alvo genomaQual é a validade dos alvos moleculares e do benefício clínico dos medicamentos contra o câncer direcionados ao genoma aprovados pela Food and Drug Administration? Análise que utilizou a Escala de Magnitude de Benefício Clínico da Sociedade Europeia de Oncologia e a escala validada para medir o impacto clínico de alvos moleculares mostrou que menos de um terço dos ensaios que embasaram registro sanitário demonstrou benefícios substanciais para os pacientes no momento da aprovação.

america latinaA criação de grupos cooperativos de pesquisa em câncer na América Latina contribuiu para aumentar a participação regional na pesquisa em câncer do pulmão nas últimas duas décadas, como aponta análise de Knapp et al. publicada no JCO Global Oncology. Apesar dos avanços, o estudo mostra que pacientes latino-americanos ainda são sub-representados nos ensaios clínicos.

Ensaio randomizado de fase 2 mostrou que a combinação do anti PD-L1 durvalumabe, do anti CTLA-4 tremelimumabe e FOLFIRI teve impacto importante no controle da doença em pacientes com adenocarcinoma gástrico ou de junção gastroesofágica (GEJ) avançado, embora não tenha alcançado o endpoint primário de sobrevida livre de progressão. “Quando desenhamos o estudo, não sabíamos que o controle da doença em longo prazo seria um desfecho mais relevante para avaliar a eficácia dos inibidores de checkpoint imunológico (ICI). Na verdade, observamos um controle notável da doença além de 1 ano em cerca de 20% dos pacientes, em comparação com menos de 10% para quimioterapia com ou sem terapia-alvo”, destacam os autores.

Subanálise do ensaio RAPIDO publicada por Zwart et al. no European Journal of Cancer é o primeiro relatório que comparou em um ambiente randomizado os resultados oncológicos de pacientes com câncer retal localmente avançado que atingiram resposta patológica completa após terapia neoadjuvante total e após o tratamento padrão. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas em recorrência locorregional e metástases à distância em toda a coorte RAPIDO após 5 anos de acompanhamento, em contraste com relatórios anteriores.

ColonEm pacientes com câncer de cólon localmente avançado, a quimioterapia neoadjuvante com mFOLFOX6 ou CAPOX foi segura e aumentou a chance de downstaging patológico, mas não melhorou a sobrevida livre de doença em comparação com a cirurgia inicial (tratamento padrão). Os resultados são do estudo randomizado de Fase III OPTICAL, publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Estudo de Garland et al. publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) examinou a eficácia e durabilidade da terapia cognitivo-comportamental para insônia na percepção do comprometimento cognitivo relacionado ao câncer em sobreviventes de câncer. “Os resultados evidenciam não apenas a melhoria imediata, mas também a durabilidade dos benefícios ao longo do tempo”, destaca Cristiane Bergerot (foto), psico-oncologista do Grupo Oncoclínicas, em Brasília.

Publicados no Annals of Oncology, os resultados de longo prazo do estudo RADICALS-RT confirmam que a radioterapia adjuvante após a prostatectomia radical aumenta o risco de morbidade urinária e intestinal, sem melhorar significativamente o controle da doença. O radio-oncologista Bernardo Salvajoli (foto) comenta os resultados.

seta subindoEm 2022, foram registrados cerca de 20 milhões de novos casos de câncer e 9,7 milhões de mortes, e a previsão é de mais de 35 milhões de novos casos de câncer em 2050, um aumento de 77% em relação aos casos estimados em 2022. Os dados são do GLOBOCAN 2022, relatório realizado pela Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer (IARC), agência vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS). O trabalho foi publicado no CA: A Cancer Journal for Clinicians, periódico da American Cancer Society (ACS).