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Coberturas Especiais

A cada ano, durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), a Conquer Cancer Foundation reconhece profissionais de diversas áreas da pesquisa e atenção oncológica. Nesta edição, os brasileiros premiados foram Daniella Audi Blotta (BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo); Matheus de Oliveira Andrade (ICESP); Sofia Vidaurre Mendes (Oncologia D`Or); e Erick Saldanha (Princess Margaret Cancer Centre). As oncologistas Maria Alice Franzoi (Institut Gustave Roussy) e Luana Guimaraes de Sousa (MD Anderson Cancer Center) estão entre os pesquisadores com estudos financiados pela Fundação que serão apresentados na edição desse ano.

Recomendações da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) de 2021 são mais eficazes do que os critérios da USPSTF de 2013 na redução das disparidades sociodemográficas no risco de morte por câncer de pulmão no Brasil. É o que demonstra estudo aceito para publicação eletrônica no ASCO 2024, com participação dos pesquisadores  Isabel Emmerick (foto), da Universidade de Massachusetts, e Mario Jorge Sobreira da Silva, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), respectivamente primeira autora e autor sênior (na foto, à direita).

Estudo selecionado para publicação eletrônica no ASCO 2024 mostra resultados que reforçam o uso de linfócitos infiltrantes de tumor (TILs) como preditores de resposta para orientar o descalonamento do tratamento no câncer de mama triplo negativo. O trabalho tem como autora sênior a oncologista Renata Bonadio (foto), do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), e como primeiro autor o oncologista Romualdo Barroso de Souza, da Oncologia DASA.

Estudo selecionado para publicação eletrônica no ASCO 2024 analisou o sistema imunológico de uma coorte de pacientes brasileiros com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, não fumantes e abstêmios de bebidas alcoólicas. O trabalho tem como primeiro autor o Oncologista Gilberto Castro (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), e os resultados preliminares sugerem que a frequência de células NK e mieloides no sangue periférico pode variar de acordo com o grau da lesão, como consequência da resposta imune.

A pesquisadora Maria Inez Dacoregio (foto), da Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO) é primeira autora de revisão sistemática e metanálise selecionadas em publicação eletrônica no ASCO 2024, que examina a ressonância magnética de corpo inteiro como estratégia de vigilância na síndrome de Li-Fraumeni. O trabalho tem como autor sênior o geneticista Israel Gomy, da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (na foto, à esquerda).

A fadiga relacionada ao câncer é um dos sintomas mais comuns no curso da doença e estima-se que afete até 90% dos pacientes com câncer. Revisão sistemática e meta-análise que tem como primeiro autor o pesquisador Jean Henri Masellin Schoueri (foto), da Faculdade de Medicina do ABC, mostrou resultados que apoiam o uso do guaraná no combate à fadiga relacionada ao câncer. O trabalho foi selecionado no ASCO 2024 em publicação eletrônica e tem como autor sênior o oncologista Auro Del Giglio.

Daniella Audi Blotta (foto), oncologista assistente da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo - foi selecionada para receber o 2024 LIFe, prêmio oferecido pela Conquer Cancer a jovens oncologistas de países em desenvolvimento. O objetivo é proporcionar a realização de um research fellowship com duração de um ano em uma instituição anfitriã nos Estados Unidos, Canadá ou Europa. A cerimônia de premiação acontece no dia 31 de maio durante o 2024 ASCO Annual Meeting (ASCO 2024).

Estudo apontado entre os destaques do congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2024) demonstrou que a maioria das sobreviventes do câncer de mama em estágio 0 a III que tentaram uma gestação após o tratamento conseguiram engravidar e dar à luz. “Este é o primeiro estudo prospectivo com mais de 10 anos de acompanhamento a relatar resultados de fertilidade em jovens sobreviventes de câncer de mama que decidiram engravidar após o tratamento”, destacaram os autores. O oncologista Jessé Lopes da Silva (foto), pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA), comenta os resultados.

Estudo destacado no ASCO 2024, que considerou cerca de 750 mil homens e quase 1 milhão de mulheres, de 9 a 35 anos, mostra que a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) é eficaz na prevenção de vários tipos de câncer, em homens e mulheres. “As conclusões são muito claras e significativas do ponto de vista estatístico, mostrando importante redução de tumores associados ao HPV entre os homens, principalmente na região da cabeça e pescoço, enquanto nas mulheres os resultados são semelhantes, com grande impacto na redução do câncer da cérvix uterina”, analisa Luísa Lina Villa (foto), chefe do laboratório de Inovação em Câncer do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do ICESP, e uma das maiores expoentes mundiais na pesquisa do HPV.

Para mulheres que fizeram terapia hormonal na menopausa, o estrogênio equino conjugado (CEE) tomado isoladamente pode aumentar o risco de desenvolver e morrer de câncer de ovário, enquanto o CEE combinado com acetato de medroxiprogesterona (MPA) não aumenta esse risco e ainda pode reduzir o risco de desenvolver câncer uterino. Os resultados são de estudo da Women's Health Initiative e estão entre os destaques do ASCO 2024, que acontece de 31 de maio a 4 de junho, em Chicago.

Selecionado em sessão mini-oral, em apresentação de Theodoros Foukakis (foto), do Instituto Karolinska, resultados de eficácia do estudo randomizado de fase III PANTHER, após 10 anos de acompanhamento, mostram que a quimioterapia adjuvante com dose densa personalizada melhora a sobrevida livre de recorrência do câncer de mama em pacientes de alto risco na comparação com a quimioterapia adjuvante padrão contendo docetaxel de 3 semanas.