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Coberturas Especiais

Análise de longo prazo do estudo DESTINY-Breast03 reforça a superioridade de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) em comparação com trastuzumabe emtansina (T-DM1) em pacientes com câncer de mama HER2+ metastático tratados com ≥1 regime anti-HER2 anterior. Erika Hamilton (foto), oncologista do Sarah Cannon Research Institute, em Nashville, apresentou os resultados na sessão de pôster do ASCO 2024.

O ensaio CARACO é o primeiro ensaio randomizado a mostrar que a linfadenectomia sistemática deve ser omitida no câncer epitelial de ovário avançado em pacientes com linfonodos clinicamente negativos e naquelas submetidas à quimioterapia neoadjuvante e cirurgia completa de intervalo. Resultados apresentados em sessão oral no ASCO 2024 demonstram que esse descalonamento cirúrgico reduziu significativamente a morbidade pós-operatória grave.

Trastuzumabe deruxtecana (T-DXd), aprovado para câncer de mama metastático HER2-positivo e HER2-low em pacientes pré-tratados, foi avaliado no ensaio DESTINY-Breast06 como primeira terapia para pacientes com câncer de mama HR+, HER2-low e HER2-ultralow após terapia endócrina. O estudo tem participação do oncologista Carlos Barrios (foto) e mostra que, em comparação com a quimioterapia padrão, T-DXd melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão, com resultados semelhantes na doença HER2-low e HER2-ultralow.

Resultados do primeiro estudo randomizado avaliando a eficácia da quimioterapia (QT) combinada ao transplante de fígado em metástases hepáticas colorretais irressecáveis mostram que a combinação melhorou significativamente a sobrevida em pacientes selecionados em comparação à QT isoladamente.  “Esses resultados argumentam pela validação do transplante de fígado como nova opção padrão que pode mudar a estratégia de tratamento nessa população de pacientes”, destacam os autores.

No ensaio AEGEAN de fase 3, o tratamento perioperatório com durvalumabe (D)+ quimioterapia neoadjuvante melhorou significativamente a sobrevida livre de eventos e resposta patológica completa em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) ressecável, com segurança gerenciável. No ASCO 2024, análise exploratória que envolveu pacientes com status nodal N2 demonstrou melhora clinicamente significativa na eficácia, nenhum impacto adverso nos resultados de cirurgia e perfil de segurança gerenciável.

A redução de volume tumoral (debulking) adicional à terapia sistêmica paliativa de primeira linha padrão não melhorou a sobrevida global de pacientes com câncer colorretal metastático em múltiplos órgãos. É o que sugerem os resultados do estudo de Fase 3 ORCHESTRA, apresentado em sessão oral no ASCO 2024.

Olaparibe neoadjuvante seguido de cirurgia citorredutora foi viável e seguro no câncer de ovário seroso de alto grau sensível à platina recorrente. “Em pacientes com doença ressecável na citorredução secundária, olaparibe isolado no pós-operatório foi tão eficaz quanto a quimioterapia seguida de olaparibe e menos tóxico, sugerindo potencial para uma abordagem livre de quimioterapia nesta população selecionada”, afirmou a oncologista Stephanie Lheureux (foto), do Princess Margaret Cancer Centre, que apresentou os resultados do estudo NEO no ASCO 2024.

O estudo EPCORE NHL-1, que investiga estratégias de mitigar a síndrome de liberação de citocinas (SLC) sem hospitalização obrigatória em pacientes com linfoma folicular recidivado ou refratário (LF R/R) tratados com epcoritamabe, apresentou no ASCO 2024 resultados encorajadores. As medidas de mitigação da SLC melhoraram ainda mais a segurança de epcoritamabe e apoiam seu uso subcutâneo como potencial opção de tratamento ambulatorial pronta para uso.

O oncologista Romualdo Barroso de Sousa, (foto), da Dasa Oncologia, é coautor de estudo que buscou definir o panorama do microbioma intestinal em pacientes com câncer de mama, com achados que mostram composição distinta no microbioma do câncer de mama HR+/HER2+ em relação a outros subtipos, além de uma diferença significativa na abundância de bacteroides ovatus entre os estágios I e III.

A oncologista Laura Testa (foto), do ICESP, é coautora de estudo selecionado em poster no ASCO 2024, que examina a eficácia de tratamentos subsequentes no câncer de mama metastático positivo para receptor hormonal, HER2 negativo (RH+/HER2-), após progressão à terapia com inibidores de ciclinas (iCDK 4/6). O trabalho tem como primeira autora a pesquisadora Lis Victoria Ravani, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e sugere o benefício da continuação de inibidores de CDK4/6 em relação à terapia endócrina após progressão da doença.