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Resultados do ensaio de Fase III DESTINY-Breast06 demonstraram benefício de trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, AstraZeneca e Daiichi Sankyo) em pacientes com câncer de mama metastático HR-positivo, HER2-baixo (IHC 1+ ou 2+/ISH-) após uma ou mais linhas de terapia endócrina, com melhora clínica e estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação com a quimioterapia padrão. A análise também mostrou benefício de SLP entre pacientes com expressão ultrabaixa de HER2 (definido como IHC 0 com coloração da membrana; IHC >0<1+).

Estudo realizado por pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSKCC) apoia um modelo de rastreio universal e uma estratégia de encaminhamento opt-out para diminuir as disparidades no acesso ao tratamento antitabagismo e sua utilização no tratamento do câncer. “Ao normalizar o rastreio e o tratamento do uso do tabaco como elementos essenciais dos cuidados oncológicos de alta qualidade, um rastreio universal do tabaco e uma estratégia de encaminhamento opt-out podem mitigar o estigma associado ao envolvimento dos pacientes no tratamento do tabaco”, afirmaram os autores em artigo publicado no JAMA Network Open.

Lin et al. desenvolveram modelos combinados baseados em ressonância magnética multiparamétrica da mama e características clinicopatológicas para prever a resposta terapêutica do tumor primário e do nódulo positivo axilar antes do tratamento. “Em nosso estudo, a taxa de resposta patológica completa do câncer invasivo residual foi de 35,1%, em linha com os 34% relatados no ensaio ACOSOG Z1071, e a taxa de resposta patológica completa do linfonodo axilar (ALN) na metástase residual do ALN foi de 50,0%, superior a 41,1% no mesmo ensaio”, destacam os autores.

Revisão sistemática e meta-análise buscou avaliar se o prognóstico em tumores ginecológicos é influenciado positivamente pela obesidade. Os resultados publicados no International Journal of Gynecologic Cancer sugerem que a obesidade não tem um efeito prognóstico positivo na sobrevida em mulheres com diagnóstico de câncer ginecológico.

Com o objetivo de desenvolver um produto nacional e disponível para o Sistema Único de Saúde (SUS), pesquisadores do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas de São Paulo avançam em uma solução acadêmica com células CAR-T para o tratamento de malignidades hematológicas. Os primeiros resultados de eficácia e segurança estão em artigo de Camila Donadei e colegas, publicado na Bone Marrow Transplantation (Nature), em trabalho que tem como autor sênior o hematologista Diego Villa Clé.

Elisabete Weiderpass (foto), Diretora da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), destacou os 50 anos de atividades da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), comemorado no último dia 25 de abril. A FOSP faz parte da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo e é responsável por programas de rastreamento do câncer e outras iniciativas na atenção oncológica.

Análise transcriptômica pré-planejada de amostras de pacientes do ensaio ENACT buscou identificar biomarcadores em pacientes em vigilância ativa (VA) para o câncer de próstata que apresentam risco aumentado de progressão ou que podem obter o maior benefício do tratamento com enzalutamida. Os resultados reforçam o valor prognóstico do classificador genômico Decipher e mostram que pontuações mais altas no Decipher e no escore da atividade do receptor androgênico (AR-A), bem como subtipos luminais PAM50, também podem servir como biomarcadores de resposta ao tratamento.

Estudo randomizado relatado por Kyung et al. no Jama Oncology mostra que a irradiação pélvica pós-operatória, usando IMRT hipofracionada com 40 Gy em 16 frações, combinada com quimioterapia concomitante foi segura e bem tolerada em mulheres com câncer cervical. Na população avaliada, a taxa de sobrevida livre de doença em 3 anos foi de 79,3% e a taxa de sobrevida global alcançou 98,0%. Gabriel Faria Najas (foto), radio-oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), comenta os resultados.

Uma nova estratégia “all-in-one”, que consistiu na terapia sequencial com CAR T cells CD7 e transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) haploidêntico em 10 pacientes com leucemia ou linfoma CD7 positivo recidivado ou refratário, levou à remissão completa da doença residual mínima em 60% dos pacientes tratados, com sobrevida global estimada em 1 ano de 68%. “É uma abordagem viável para pacientes com tumores CD7 positivos que são inelegíveis para TCTH alogênico convencional”, destacam os autores, em artigo na New England Journal of Medicine. O hematologista Ângelo Maiolino (foto) comenta o estudo.