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Pesquisadores do Departamento de Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) apresentaram resultados da experiência institucional com pacientes de sarcoma uterino. O trabalho foi aceito em poster no ESMO Gynaecological Cancers Congress 2024, com participação da oncologistas Maria Del Pilar Esteves Diz (foto), Coordenadora da Oncologia Clínica, com achados que destacam a necessidade de novas abordagens de tratamento.

Análise que considerou tendências temporais da correlação entre status socioeconômico e qualidade de vida após o diagnóstico de câncer de mama inicial mostra a importância de enfatizar os determinantes sociais da saúde em um planejamento abrangente do tratamento oncológico. O trabalho tem participação brasileira, da pesquisadora Maria Alice Franzoi (foto), atualmente Fellow em tumores da mama no Institut Jules Bordet, Bélgica, e mostra que desigualdades preexistentes se aprofundam após o diagnóstico e tratamento.

Dados atualizados do estudo DUO-O destacados no ESMO Gynaecological Cancers Congress 2024 confirmam o benefício clínico e estatisticamente significativo de sobrevida livre de progressão (SLP) com a associação de durvalumabe (D),  olaparibe (O) e bevacizumabe (B) de manutenção após à quimioterapia (carboplatina/paclitaxel, CP) com B e D (braço 3, experimental) no câncer de ovário avançado, em pacientes com deficiência de recombinação homóloga, sem mutação BRCA comparado ao braço controle de CP+B seguido de B (braço 1). A análise final mostra que a SLP mediana foi de 45,1 meses com a combinação de CP + D + B seguido por D + B + O   de manutenção, a mais longa já observada nesses pacientes no cenário de primeira linha, com tendência favorável de sobrevida global (SG). O oncologista Eduardo Paulino (foto) analisa os resultados.

Estudo de coorte retrospectivo internacional com 1758 pacientes demonstrou resposta patológica completa (RPC) em 4,8% dos pacientes com adenocarcinoma pancreático localizado ressecado após quimio(radio)terapia pré-operatória. “Embora a resposta patológica completa não represente a cura, ela está associada a melhora da sobrevida global (SG), com uma SG duplicada em 5 anos de 63% em comparação com 30% em pacientes sem RPC”, observaram os autores do estudo publicado no JAMA Network Open.

O estudo transversal EARLY-EGFR fornece uma visão geral das mutações de EGFR e da prevalência de subtipos em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas em estágio inicial. O estudo mostrou que pacientes com 60 anos de idade ou mais, mulheres e de origem asiática têm probabilidade significativamente (p < 0,05) maior de mutações no EGFR, enquanto aqueles com histórico de tabagismo e doença estágio III apresenta chances mais baixas de mutações no EGFR. O estudo foi publicado no Journal of Thoracic Oncology (JTO).

Revisão sistemática publicada na Cancers buscou avaliar a eficácia de diferentes níveis de atividade física como estratégia não farmacológica para o tratamento da insônia em pacientes com câncer. “Nosso trabalho mostrou uma melhoria significativa na qualidade do sono em três dos nove estudos incluídos, especialmente em pacientes com insônia no baseline”, destacaram os autores.

Reuniões multidisciplinares realizadas online com especialistas de diversos países europeus para discutir o manejo de pacientes com tumores ginecológicos raros e complexos resultaram em novas recomendações de tratamento e no maior acesso a ensaios clínicos. “O tratamento de cânceres ginecológicos raros traz vários desafios em relação à falta de consenso sobre o manejo ou diretrizes compartilhadas e pouca disponibilidade de ensaios clínicos”, afirmou a pesquisadora Alice Bergamini (foto), primeira autora do estudo apresentado no ESMO Gynecological Cancers Congress 2024.1

Umberto Vitolo (foto), do Candiolo Cancer Institute, mostrou no EHA 2024 resultados da maior população de pacientes com linfoma folicular recidivado ou refratário (LF R/R) tratados com epcoritamabe. Os dados de eficácia e segurança apresentados em sessão oral na 29ª edição do congresso europeu revelam que a monoterapia com o anticorpo biespecífico epicoritamabe demonstrou respostas precoces e profundas, com segurança gerenciável.

Nódulos pulmonares são cada vez mais identificados em indivíduos assintomáticos. Estudo de base populacional que buscou identificar os fatores de risco em uma população da Europa Ocidental mostrou que sexo masculino, idade avançada, baixo nível educacional, tabagismo, exposição ao amianto e DPOC aumentaram independentemente a probabilidade de nódulos pulmonares; histórico familiar de câncer de pulmão foi significativamente associado a nódulos pulmonares entre nunca fumantes.

Como os pacientes com câncer percebem e vivenciam o significado da vida? Um grupo de pesquisadores está conduzindo o maior estudo já realizado sobre as perspectivas de pacientes com câncer em relação ao significado da vida.” O profundo impacto nos resultados clínicos e de sobrevida em pacientes com câncer ressalta a importância de entender suas percepções sobre esse tema sensível e fornecer suporte apropriado”, destacam os autores, que esperam auxiliar profissionais de saúde a expandir recursos em seu trabalho clínico, fornecendo aconselhamento centrado no significado da vida.

Acompanhamento de longo prazo do estudo CASSIOPEIA mostrou que a adição de daratumumabe (D) ao regime com bortezomibe, talidomida e dexametasona (VTd), tanto na fase de indução e consolidação, quanto na fase de manutenção, levou a resultados superiores de sobrevida livre de progressão em pacientes com mieloma múltiplo. “Nossos resultados confirmam a indução e consolidação de D-VTd como um padrão de tratamento e apoiam a opção de manutenção da monoterapia com daratumumabe em pacientes com mieloma múltiplo recém diagnosticado elegíveis para transplante”, descrevem Philippe Moreau (foto) e colegas, em artigo no Lancet Oncology.

Análise publicada no periódico Clinical Nutrition Journal buscou determinar a prevalência da desnutrição e da sarcopenia, individualmente e em conjunto, e a sua evolução ao longo do tempo, além de identificar os fatores de risco para cada condição e explorar seu impacto na sobrevida global de pacientes com câncer de mama metastático.

Estudo realizado pela American Cancer Society (ACS) fornece as estatísticas mais recentes sobre a prevalência do rastreio do câncer e fatores de risco modificáveis ​​nas populações LGBTQ+, destacando questões críticas relativas à prevenção, tratamento e cuidados do câncer nessa população. Os resultados foram publicados na Cancer.

Terapia-alvo com inibidor de tirosina-quinase (TKI) até a progressão da doença ou efeitos tóxicos intoleráveis ​​é atualmente o padrão de tratamento para câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado em pacientes com mutações acionáveis. Dong et al. publicaram no Jama Oncology o primeiro estudo a fornecer evidências mostrando que uma estratégia adaptativa de descalonamento de TKI guiada por DNA tumoral circulante (ctDNA) é viável para certos subgrupos de pacientes com CPCNP.