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Diretrizes clínicas e iniciativas de melhoria da qualidade identificaram a redução do uso de terapias contra o câncer no fim da vida como uma oportunidade para aprimorar o cuidado. Apesar disso, estudo publicado no periódico Cancer mostrou que existe uma grande variabilidade entre os oncologistas em relação à prescrição de terapias sistêmicas nos últimos 30 dias de vida.

Estudo brasileiro multi-institucional liderado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) integrou dados de sequenciamento de RNA unicelular de diferentes tipos de câncer, identificando 29 subpopulações de células derivadas de mieloides associadas a tumores dentro do microambiente tumoral. Mariana Boroni (foto), líder do Laboratório de Bioinformática do INCA, é a autora sênior do trabalho publicado no periódico Nature Communications.

Estudo que comparou o valor prognóstico do PSMA-PET pelos critérios de Avaliação Padronizada de Imagem Molecular do Câncer de Próstata (PROMISE) com nomogramas clínicos desenvolvidos em um grande conjunto de dados mostrou que os nomogramas foram preditores de sobrevida global, estratificando o risco clínico com precisão igual ou superior em comparação com ferramentas de risco clínico estabelecidas. “Até onde sabemos, nossa combinação de PSMA-PET e PROMISE fornece, pela primeira vez, uma previsão pan-estágio da sobrevida global em pacientes com câncer de próstata”, destacam os pesquisadores.

Estudo que buscou analisar a taxa de mortalidade associada ao tratamento por pancreaticoduodenectomia em pacientes oncológicos no Brasil entre 2021 e 2023 mostrou que a mortalidade pós-operatória foi significativamente maior do que a relatada na literatura, com a região Sul com a maior taxa de óbitos no período (16,16%). A pesquisa tem como primeiro autor Pedro Henrique Filipin Von Muhlen (foto), pesquisador da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.

Em artigo na Nature Medicine, a pesquisadora brasileira Juliane Fonseca de Oliveira (foto), matemática do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS),  em Salvador, Bahia, descreve o esforço envolvido na construção de modelo epidemiológico para analisar as diversas populações da Coorte de 100 Milhões de Brasileiros. A coorte abrange aproximadamente metade da população do Brasil, uma das maiores coortes populacionais do mundo, e oferece oportunidades para explorar várias condições que podem moldar fatores de risco para doenças específicas, inclusive o câncer.

Flávia Miranda Corrêa, pesquisadora da divisão de Epidemiologia do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e Marcelo Soares (foto), coordenador do Programa de Oncovirologia da mesma instituição, assinam editorial publicado no periódico International Health Trends and Perspectives, que apresenta os esforços e desafios para a eliminação do câncer cervical no Brasil. “Apesar do Brasil liderar a implementação de novas estratégias para rastreamento do câncer do colo do útero e servir de modelo para outros países da América do Sul, vários desafios ainda precisam ser superados”, destacam.

O Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou a aprovação de zolbetuximabe. A decisão sobre a autorização de comercialização na União Europeia é esperada para outubro de 2024. Zolbetuximabe, um anticorpo monoclonal direcionado à claudina (CLDN) 18.2, é recomendado em combinação com quimioterapia como primeira linha de tratamento para pacientes adultos com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica (GEJ) localmente avançado, irressecável ou metastático, HER2 negativo, cujos tumores são positivos para CLDN18.2. Se aprovado, zolbetuximabe passa a ser a primeira e única terapia direcionada para CLDN18.2 disponível para pacientes na União Europeia.

Estudo de coorte retrospectivo buscou desenvolver uma definição padronizada de atraso no diagnóstico de pacientes com câncer de pâncreas, avaliar sua prevalência e identificar os fatores que contribuem para este atraso. “É preciso desenvolver intervenções direcionadas, e os médicos e pacientes devem ser educados sobre a necessidade de investigar a perda de peso não intencional como um sinal de doença grave subjacente”, destacaram os autores em artigo publicado no periódico Clinical Gastroenterology and Hepatology.

Existe associação entre histórico de apendicectomia e risco de longo prazo de câncer colorretal? Pesquisa que envolveu três coortes prospectivas com mais de 220 mil pessoas acompanhadas por até 32 anos analisa essa associação e apresenta resultados ahead of print na Cancer Causes Control.

Pesquisas anteriores sugeriram que o uso de medicamentos estatinas para redução do colesterol podem reduzir o risco de indivíduos desenvolverem câncer de fígado. Agora, estudo liderado por pesquisadores do National Cancer Institute investigou a associação de medicamentos não estatinas para redução do colesterol com o risco de câncer de fígado. Os resultados foram publicados na Cancer, periódico da American Cancer Society (ACS).

Ensaio randomizado de centro único mostrou que o tratamento guiado por um teste de expressão de 90 genes pode melhorar a sobrevida livre de progressão em comparação com a quimioterapia empírica entre pacientes com câncer de sítio primário desconhecido (CUP), demonstrando que o perfil genômico pode fornecer mais informações sobre a doença e expandir o arsenal terapêutico nesses pacientes. Os resultados estão em artigo de Liu et al. no Lancet Oncology.

Uma força-tarefa europeia emitiu recomendações para a pesquisa em câncer, com quatro conceitos-chave para ensaios clínicos iniciais no cenário neoadjuvante (NEO-ECT) antes de terapias locorregionais curativas:  envolvimento do paciente; revisão da relação risco-benefício e equilíbrio clínico/ético; randomização para reduzir o viés e, finalmente, a seleção de desfechos. “O desenho cuidadoso de NEO-ECTs permitirá o teste de novos tratamentos anticâncer em cenários mais precoces da doença, onde a atividade deve resultar em maiores taxas de cura, ao mesmo tempo em que garante que os pacientes não sejam prejudicados por atrasos em tratamentos curativos/definitivos, nem por toxicidade e morbidade de longo prazo ou de início tardio”, destaca o grupo europeu.

A prática insuficiente de atividade física aumenta o risco de doenças não transmissíveis, incluindo câncer, concorre para prejuízos na função física e cognitiva, ganho de peso e problemas de saúde mental. Análise que estimou a prevalência de atividade física em 197 países e territórios, de 2000 a 2022, mostra que mais de 30% da população mundial não cumpre os níveis mínimos recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Os resultados alertam para a importância de esforços multissetoriais para atingir a meta global de uma redução relativa de 15% na prevalência de atividade física insuficiente até 2030.