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A Sociedade Americana de Radiação Oncológica (ASTRO) atualizou a diretriz clínica para o uso de radioterapia no tratamento de pacientes com carcinoma espinocelular de orofaringe (CEO) causado pelo papilomavírus humano (HPV). As recomendações abordam a radioterapia como tratamento curativo independente ou em combinação com cirurgia e/ou quimioterapia, o planejamento do tratamento e a avaliação da resposta. O artigo foi publicado no Practical Radiation Oncology. Bernardo Salvajoli (foto), radio-oncologista do ICESP e do HCorOnco, analisa os resultados.

Estudo de acompanhamento longitudinal buscou determinar a incidência de osteoporose e identificar fatores relacionados comparando pacientes com câncer gástrico e controles correspondentes usando dados do Serviço Nacional de Seguro de Saúde da Coreia - Coorte de Amostra Nacional (KNHIS-NSC). Os resultados foram publicados na Cancers e sugerem que homens com câncer gástrico com menos de 65 anos de idade podem apresentar risco aumentado de osteoporose.

Adriano Fernandes Teixeira (foto), oncologista da Clinica AMO e doutorando em cancerologia no A.C Camargo Cancer Center, é primeiro autor de estudo multicêntrico, selecionado em poster no ESMO GI 2024, que  avaliou a relação entre o uso de bloqueadores dos receptores de angiotensina e o aumento do risco de diarreia grave e/ou enterocolite em pacientes com câncer colorretal tratados com CAPOX. Os resultados alertam para o uso de olmesartana, associado à maior toxicidade intestinal durante o tratamento com CAPOX.

Dados do mundo real de pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático tratados com radioterapia corporal estereotática (SBRT) foram selecionados no programa científico do ESMO GI 2024, em apresentação da oncologista Carolina C. Ferreira (foto), do Real Hospital Português de Beneficência, em Recife. Os resultados da experiência brasileira são encorajadores, favorecendo o controle local em quase 2 anos de acompanhamento, com sobrevida global mediana de 27 meses para todos os estadiamentos.

Estudo do Centro Internacional de Pesquisa (CIPE) do A.C. Camargo Cancer Center selecionado em poster no ESMO GI 2024 sugere que é seguro omitir tomografias logo após o ciclo 2 de 177-LuDOTATE em pacientes com tumores neuroendócrinos (NETs) G1 e indolentes, com a intenção de reduzir custos. O trabalho tem como primeira autora a médica Carolina Campanholo Marques e como autora sênior a oncologista Rachel Riechelmann (à direita). “Para pacientes com doença mais agressiva, como aqueles com NETs G2 e G3, é aconselhável realizar imagens após cada ciclo de 177-LuDOTATE”, recomendam os autores.

Coordenado pela Cancer Research UK Southampton Clinical Trials Unit, o DECIPHER é um ensaio clínico de fase II, multicêntrico e de braço único que avalia o efeito de trastuzumabe deruxtecana na redução da carga de doença micrometastática em pacientes com adenocarcinoma esofagogástrico HER2-positivos que são ctDNA positivos após quimioterapia e cirurgia. O trabalho foi destacado na sessão Trials in Progress do ESMO GI 2024, em apresentação da oncologista Elizabeth Smyth (foto), da Oxford University Hospitals NHS Foundation Trust.

Análise de subgrupo do estudo de fase 3 HIMALAYA apresentada no ESMO GI  por Lorenza Rimassa (foto) mostrou resultados da combinação de durvalumabe e tremelimumabe em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável de etiologia não viral com comorbidades cardiovasculares ou metabólicas. Os resultados continuam a apoiar o esquema STRIDE (Single Tremelimumab Regular Interval Durvalumab), com maiores taxas de sobrevida global em 36 e 48 meses em relação ao controle, sem novos sinais de segurança.

Pesquisa que estimou os gastos com saúde nos próximos 30 anos em países da América Latina e Caribe mostra que a pressão da inovação tecnológica vai se sobrepor à demografia e à epidemiologia, promovendo um aumento médio per capita de 2,75 vezes até 2050, com gastos relacionados principalmente à carga do câncer e a doenças do sistema circulatório. “O controle dos gastos com saúde e o uso mais eficiente dos recursos devem se tornar uma prioridade para a região”, alerta o estudo, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O trabalho foi publicado no Lancet Regional Health Americas, com participação da brasileira Carla Jorge Machado (foto), do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Universidade Federal de Minas Gerais.

A edição de julho do Lancet Oncology  (Vol. 25, Nº 7) traz uma série especial, com quatro artigos sobre o tratamento e gerenciamento de pacientes com câncer de cabeça e pescoço. No primeiro artigo, Ahmad K Abou-Foul e colegas fornecem recomendações para diagnóstico histológico de extensões extranodais, em trabalho com participação de Clóvis A. Lopes Pinto (foto), do Departamento de Anatomia Patológica do AC Camargo Cancer Center. No segundo artigo, Christina Henson e colegas propõem um novo sistema de classificação para diagnóstico de extensões extranodais por imagem, com coautoria de Eloisa Gebrim (foto), do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Análise de subgrupo pré-planejada do estudo de Fase 3 NETTER-2 examinou a eficácia do tratamento de primeira linha com o radioligante 177-LuDOTATE em tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos avançados por grau (G2, G3) e origem (pâncreas, intestino delgado). Os resultados foram apresentados em sessão mini-oral no ESMO GI 2024 pelo oncologista Simron Singh (foto), do Sunnybrook’s Odette Cancer Centre, em Toronto.

O gerenciamento ideal do câncer colorretal com metástases hepáticas ressecáveis (CRCLM) continua sendo uma questão de debate. O valor da quimioterapia sistêmica pós-operatória ou perioperatória é incerto e o tamanho amostral relativamente pequeno de ensaios randomizados de fase 3 impede análises significativas de sobrevida em toda a população e em subgrupos específicos. É o que sustenta a EORTC, que mostrou no ESMO GI 2024 resultados da maior meta-análise de dados individuais de pacientes  já reportada até hoje neste cenário, demonstrando o benefício da quimioterapia sistêmica. A apresentação foi de Giacomo Bregni (foto), do Institut Jules Bordet, em sessão mini-oral.

Solução de inteligência artificial (IA) baseada em uma assinatura sanguínea foi capaz de detectar o carcinoma hepatocelular (CHC) um ano antes do diagnóstico clínico, abrindo espaço para intervenções oportunas. “A assinatura sanguínea de rotina baseada em IA ​​pode avançar o diagnóstico de CHC em 40% dos pacientes em um ano e potencialmente levar à redução da mortalidade por câncer”, destacam pesquisadores de Kowloon, China, em trabalho apresentado em sessão mini-oral no ESMO GI.

Análise agrupada de três ensaios clínicos (Estados Unidos, China e Coreia do Sul) demonstrou que a acupuntura reduziu significativamente os fogachos e outros efeitos colaterais hormonais da terapia endócrina realizada por mulheres com câncer de mama. Ricardo Caponero (foto), oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, comenta os resultados publicados na Cancer, periódico da American Cancer Society.

No estudo de Fase 3 NIAGARA, durvalumabe (Imfinzi®, AstraZeneca) em combinação com quimioterapia neoadjuvante antes da cistectomia, seguido de durvalumabe adjuvante em monoterapia demonstrou melhoria estatisticamente e clinicamente significativas na sobrevida livre de eventos e sobrevida global em comparação com quimioterapia neoadjuvante em pacientes com câncer de bexiga músculo-invasivo. “Durvalumabe é o primeiro regime de imunoterapia antes e depois da cirurgia a prolongar a sobrevida no câncer de bexiga”, destacou comunicado divulgado pela farmacêutica Astrazeneca.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou na terça-feira, 25 de junho, projeto de lei que determina a inclusão da imunoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto (PL 2371/2021) altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde), para incluir a imunoterapia nos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas nos casos em que seu uso tiver resultado "superior ou mais seguro", em comparação às "opções tradicionais" de combate ao câncer.

Daniela Dornelles Rosa (foto), oncologista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é autora sênior de revisão sistemática e meta-análise que investigou a presença de variantes raras da linha germinativa em um grupo específico de genes, com o objetivo de determinar sua possível associação com o câncer de mama HER2+. Os resultados mostram que TP53, ATM e CHEK2 foram variantes associadas à predisposição para subtipos HER2+, enquanto BRCA1, BRCA2, PALB2, RAD51C e BARD1 foram variantes associadas à predisposição para baixa expressão de HER2.

Estudo randomizado demonstrou que o monitoramento eletrônico de sintomas baseado em resultados relatados pelo paciente (ePRO) após a cirurgia do câncer de pulmão reduziu a carga de sintomas 12 meses após a alta e melhorou o status funcional em comparação com o tratamento usual. Esses achados de longo prazo ressaltam os efeitos sustentados do gerenciamento intensivo precoce baseado em ePRO e apoiam sua integração na prática de rotina.