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Estudo prospectivo realizado por pesquisadores brasileiros fornece evidências de que o US Doppler pode ser usado para prever a resposta à quimioterapia neoadjuvante em pacientes com câncer de mama. Parâmetros funcionais do US Doppler demonstraram valor preditivo superior para resposta patológica completa (pCR) em relação a parâmetros morfológicos, com implicações para estratégias de tratamento. O trabalho tem como autor sênior o médico Luís Otávio Sarian (foto), da Divisão de Oncologia Ginecológica e Mamária do Hospital da Mulher (CAIMS) da Unicamp.

Estudo de descontinuação do tratamento da leucemia mieloide crônica no Sistema Único de Saúde (Estudo DES-CML) buscou avaliar o impacto da cinética da transcrição BCR-ABL durante as fases de redução e descontinuação de inibidores de tirosina quinase (TKI) na sobrevida livre de tratamento. Os resultados estão em artigo de Bruna Murbach (foto) e colegas, na Frontiers in Oncology.

A incidência de câncer de cabeça e pescoço (CCP) está aumentando, frequentemente diagnosticado em estágio avançado e associado a mal prognóstico. Modelo de predição de risco desenvolvido a partir do estudo IARC-ARCAGE e validado na coorte do UK Biobank pode ser uma ferramenta útil em ambientes de cuidados primários, com papel potencial na prevenção e detecção precoce do CCP.

A obesidade representa importante desafio global de saúde, influenciando significativamente a incidência e a progressão de vários tipos de câncer. Revisão publicada na Nutrition and Cancer analisa a complexa relação entre obesidade e oncogênese, enfocando o papel das vias de sinalização desreguladas como mediadores centrais desta associação.

O tratamento de primeira linha com o radioligante 177Lu-Dotatate mais octreotida prolongou significativamente a mediana de sobrevida livre de progressão (em 14 meses) em pacientes com tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos avançados de alto grau, potencialmente estabelecendo um novo padrão nesse cenário de tratamento. É o que sugerem os resultados do estudo de Fase 3 NETTER-2, publicado no Lancet. A oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Oncologia do A.C.Camargo Cancer Center e conselheira da Sociedade Europeia de Tumores Neuroendócrinos, comenta os resultados.

Resultados de estudo sueco reforçam que a estratégia watchful waiting é apropriada para minimizar consequências adversas do câncer de próstata em homens com expectativa de vida no diagnóstico inferior a 10 anos. O trabalho foi publicado no JAMA Network Open. O oncologista Eduardo Zucca (foto), diretor de ensino e pesquisa do Instituto do Câncer Brasil, analisa os resultados.

Dados atualizados de sobrevida global e segurança do estudo global TOPAZ-1 foram relatados por Do-Youn et al. no Lancet Gastroenterology and Hepatology, com resultados que continuam a apoiar o regime durvalumabe mais gemcitabina–cisplatina como padrão de tratamento para pacientes com câncer avançado do trato biliar. A taxa de sobrevida global estimada em 24 meses confirmou o benefício da adição do anti PD-L1 durvalumabe em comparação com quimioterapia isolada (23,6% vs 11, 5%) como tratamento de primeira linha nessa população de pacientes.

A brasileira Elisabete Weiderpass (foto), Diretora da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, é coautora de estudo prospectivo internacional que avaliou 15.784 participantes da coorte EPIC (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition). Os resultados foram publicados em junho na BMC Medicine e mostram que indivíduos com esteatose hepática ou disfunção metabólica têm maior risco de mortalidade geral e por causa específica, incluindo câncer.

O fator de crescimento semelhante à insulina tipo I (IGF-I) é bem estabelecido como fator de risco para câncer de próstata, mas pesquisa que investigou a proporção do IGF-I circulante e livre ou facilmente dissociável de proteínas de ligação ao IGF (sua forma biodisponível) não encontrou associação com o risco de câncer de próstata. Os resultados estão na BMC Cancer, em artigo de Cheng et al.

Com base nos resultados do estudo PACIFIC, a consolidação com durvalumabe após quimiorradioterapia (QRT) à base de platina é um padrão global de tratamento para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com doença estágio III, irressecável. Análise anterior do estudo PACIFIC-R demonstrou a eficácia desse regime em termos de sobrevida livre de progressão (SLP). Agora, dados da primeira análise planejada de sobrevida global (SG) mostram que, em cerca de 3 anos de acompanhamento, a SG mediana não foi alcançada, corroborando evidências da eficácia de durvalumabe na consolidação pós QRT em uma grande população de pacientes com CPCNP no mundo real.

Pesquisa que analisou conflitos de interesse entre oncologistas e a indústria farmacêutica em países de baixa e média renda mostrou que 76% dos pesquisados não conseguiram categorizar corretamente todas as situações que representam conflitos de interesse. O trabalho foi apresentado no ASCO 2024 e publicado por Khalid El Bairi (foto) e colegas no JCO Global Oncology.