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As doenças hepáticas são um problema de saúde sério e crescente em todo o mundo e impõem um fardo significativo aos sistemas de saúde. Artigo no Lancet Regional Health Americas mostra que a mortalidade por câncer de fígado cresce em todas as regiões brasileiras e é a causa mais comum de morte por doenças hepáticas nas regiões Sudeste, Sul e Norte.

Um grupo internacional multidisciplinar foi constituído com o objetivo de melhorar a vida das pessoas que vivem com câncer de mama ou estão em risco de desenvolver a doença. Essa é a proposta da The Lancet Breast Cancer Commission, que conta com a participação do oncologista Carlos Barrios (foto). Organizado em seis áreas temáticas, o relatório da Comissão alerta que até 2040 a incidência de câncer de mama deve superar 3 milhões de novos casos por ano, aumentando mais rapidamente nos países de baixa e média renda.

Jessé Lopes da Silva (foto), oncologista do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é primeiro autor de estudo que examinou resultados de registros populacionais para investigar as taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama entre grupos raciais específicos no Brasil. Os resultados foram publicados no periódico Breast Cancer Research and Treatment, em artigo que tem a oncologista Andreia Melo como autora sênior.

Estudo de coorte publicado no JAMA Network Open demonstrou que durvalumabe após quimiorradioterapia foi associado a menor risco de progressão e/ou morte em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas estágio III irressecável. “Os resultados são consistentes com o estudo de fase 3 PACIFIC e apoiam o uso continuado de durvalumabe de consolidação após quimiorradioterapia como padrão de tratamento para essa população de pacientes”, afirmaram os autores.

Estudo transversal analisou dados de 10.020 sobreviventes de câncer e demonstrou que apenas 4% aderiram a todas as quatro diretrizes de nutrição e atividade física da American Cancer Society. “Os resultados sugerem que entre os sobreviventes do câncer ainda existe uma adesão abaixo do ideal em relação às diretrizes de comportamento saudável”, avaliam os autores. O trabalho foi publicado no JAMA Oncology.

Na 6ª reunião ordinária da Diretoria Colegiada, realizada 19 de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a proibição do cigarro eletrônico, reforçando a resolução nº 46 de 2009, que proíbe a comercialização, importação e propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). O texto atual aumenta as restrições para produção, distribuição, armazenamento e transporte de cigarros eletrônicos.

Resultados de estudo sugerem que o uso de resultados relatados eletronicamente pelo paciente (ePROs, do inglês, electronic patient-reported outcomes) nos cuidados de rotina foi associado a um maior número de inscrições em um estudo de intervenção de sintomas em comparação com o encaminhamento médico. “Mensagens encaminhadas diretamente do serviço de referência podem apoiar a inscrição e ajudar a reduzir as barreiras do oncologista para a inscrição em estudos que testam intervenções sintomáticas”, afirmam os autores do estudo publicado no JAMA Network Open.

Para informar o cuidado personalizado de sobrevida em sobreviventes de câncer de pulmão, pesquisadores buscaram identificar associações entre os escores de qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e fatores do paciente, do tumor e do tratamento ao longo do tempo. “A qualidade de vida em sobreviventes de câncer de pulmão pode ser otimizada abordando comorbidades, efeitos colaterais do tratamento, atividade física e peso”, destacaram os autores. O estudo foi publicado no periódico Lung Cancer.

A oncologista Rachel Riechelmann (foto) é coautora de artigo de revisão publicado na Nature Reviews que traça um panorama das neoplasias neuroendócrinas gástricas, discutindo características da doença, estratégias de tratamento e a importância de compreender a fisiopatologia molecular e clínica para melhorar o manejo e os resultados dos pacientes. “É necessário um grande esforço cooperativo para melhorar o conhecimento básico e o manejo clínico, bem como para identificar novas opções terapêuticas”, destacam os autores.

O Consórcio de Detecção Precoce do Câncer de Pâncreas (PRECEDE) é uma colaboração multicêntrica internacional que realizou estudo de coorte prospectivo, com achados que fornecem suporte para aumentar o acesso à vigilância clínica em todo o mundo para indivíduos de alto risco de câncer pancreático. Os resultados estão em artigo de Zogopoulos et al., no periódico da National Comprehensive Cancer Network (NCCN).

Análise post hoc de dados agrupados de 12 ensaios randomizados, promovidos pelo Instituto Nacional do Câncer de Nápoles, Itália, buscou descrever a taxa de subnotificação de sintomas selecionados e explorar sua associação com a sobrevida global (SG). Os resultados estão em artigo de Arenare et al. no ESMO Open e mostram que a subnotificação de efeitos colaterais do tratamento oncológico é frequente, mas não afeta a SG.

Intervenções para reduzir a discordância nos objetivos de cuidados entre pacientes e cuidadores podem ajudar no desenvolvimento de expectativas de cuidados realistas, evitando, em última análise, o uso de tratamentos dispendiosos e ineficazes. É o que sugere estudo de coorte publicado no JAMA Network Open. Luis Fernando Rodrigues (foto), médico paliativista no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor), analisa os resultados.

As diretrizes recomendam testes genéticos germinativos para pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC). Infelizmente, a utilização desses testes permanece subutilizada, como alertam Klatte et al. no JCO Oncology Practice. Yuri Moraes (foto), médico geneticista do serviço de oncogenética do Américas Oncologia, discute os principais achados.

A busca por novos biomarcadores clínicos no câncer de próstata é uma necessidade urgente. Os telômeros podem ser um desses alvos, afirmam Miguel Srougi (foto) e colegas, em artigo na Cancer Genetics. Os resultados indicam que a regulação positiva dos genes shelterin e CST, assim como telômeros mais longos, estão associados a características prognósticas desfavoráveis no câncer de próstata.

Estudo de Daniele Assad Suzuki e colegas (BrasiLEEira) mostra resultados de ribociclibe no contexto brasileiro em um cenário de mundo real, demonstrando sobrevida livre de progressão de 77,6% e perfil de segurança manejável. Os autores destacam que esses resultados expandem a validade dos desfechos avaliados em ensaios clínicos randomizados para um espectro mais amplo e uma população sub-representada que pode se beneficiar do tratamento com ribociclibe.