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Pesquisa que analisou conflitos de interesse entre oncologistas e a indústria farmacêutica em países de baixa e média renda mostrou que 76% dos pesquisados não conseguiram categorizar corretamente todas as situações que representam conflitos de interesse. O trabalho foi apresentado no ASCO 2024 e publicado por Khalid El Bairi (foto) e colegas no JCO Global Oncology.

Estudo retrospectivo que avaliou pacientes com câncer gástrico tratados no AC Camargo Cancer Center de 2000 a 2017 mostrou que a taxa de sobrevida global em 5 anos mais que dobrou no período analisado, saltando de 27,8% entre 2000 a 2004  para 53,9% de 2015 a 2017 (p < 0,001). O trabalho foi destaque no programa científico do ASCO GI 2024 e publicado na eCancer, em artigo que tem como autor correspondente o oncologista Angelo Borsarelli Carvalho Brito (foto).

Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco é o tema da campanha lançada pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) no Dia Mundial Sem Tabaco 2024, celebrado no dia 31 de maio. “Focar nas crianças é crucial, pois são especialmente vulneráveis e representam o futuro. Ao educá-las e fortalecê-las contra a pressão do tabagismo, investimos na saúde de amanhã e impactamos suas famílias e comunidades, ampliando nosso alcance na prevenção do tabagismo”, destaca o diretor-geral do INCA, Roberto Gil.

Em artigo na Modern Pathology, Richard Colling e colegas apresentam recomendações endossadas pela Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer, com foco na pesquisa de patologia tumoral. “Neste breve guia, descrevemos a base para planejar, conduzir e relatar pesquisas de boa qualidade em patologia tumoral”, destacam os autores. A patologista Helenice Gobbi (foto), Professora Titular de Patologia Especial da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), comenta o trabalho.

O pronto-socorro pode estar envolvido no diagnóstico de câncer em 1 em cada 5 pacientes idosos nos Estados Unidos. Os resultados são de estudo publicado no JNCI Cancer Spectrum que avaliou o envolvimento do departamento de emergência no diagnóstico de câncer em uma população nacionalmente representativa de adultos mais velhos nos EUA e suas associações com características sociodemográficas, clínicas e tumorais.

Lideranças que se reuniram para discutir o acesso a medicamentos essenciais no tratamento do câncer defendem a necessidade de aumentar a colaboração e o compartilhamento de experiências para melhorar o acesso global. “Embora exista muito trabalho em curso para melhorar mundialmente o acesso ao tratamento contra o câncer, a comunicação e a sinergia entre projetos e organizações poderiam ser aprimoradas, através de uma plataforma de colaboração e partilha de conhecimentos especializados”, propõem os stakeholders, em relatório no JCO Global Oncology.

No estudo de Fase 3 HIMALAYA, o regime STRIDE (Single Tremelimumab Regular Interval Durvalumab) melhorou significativamente a sobrevida global em comparação com sorafenibe em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável (uHCC), e a monoterapia com durvalumabe foi não inferior a sorafenibe. Agora, análise de resultados relatados pelos pacientes (PROs) publicada no Journal of Clinical Oncology (JCO) demonstrou que os benefícios deste regime se estendem à qualidade de vida e ao controle de sintomas.

Estudo que mapeou percepções sobre as barreiras ao rastreamento do câncer do colo do útero em sete países europeus identificou que a organização dos sistemas de saúde e a maturidade dos programas de rastreio diferem entre os países, enquanto as barreiras psicológicas das mulheres vulneráveis apresentam várias semelhanças, entre elas o medo, a vergonha e a falta de prioridades nos cuidados preventivos. O epidemiologista Arn Migowski (foto) analisa os resultados e as similaridades entre Europa e Brasil.

Estudo publicado no Annals of Surgical Oncology demonstrou que em pacientes com carcinoma de células renais de células claras localizado de alto grau tratados cirurgicamente, a desdiferenciação sarcomatoide não é apenas um preditor multivariável independente de maior mortalidade específica por câncer (MSC), mas também interage com o grau do tumor e resulta em uma capacidade ainda melhor de prever MSC. O urologista Gustavo Franco Carvalhal (foto) comenta os resultados.

Na Europa, o câncer de próstata (CaP) é o câncer mais comum nos homens, o que levanta questões  se o rastreamento do CaP pode reduzir os custos dos cuidados de saúde, a morbidade e a mortalidade. Revisão sistemática publicada no European Urology apresenta uma visão contemporânea dos custos e benefícios, indicando que programas de rastreio do CaP baseados em risco e na ressonância magnética (MRI) são custo-efetivos no contexto europeu

Os avanços no campo da medicina de precisão levaram o Grupo de Trabalho de Medicina de Precisão da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) a atualizar as recomendações para o uso do sequenciamento de próxima geração (NGS) na prática de rotina, para pacientes com câncer avançado. “O NGS tumoral está expandindo cada vez mais seu escopo e aplicação na oncologia com o objetivo de aumentar a eficácia da medicina de precisão para pacientes com câncer”, destaca o consenso.

O câncer colorretal (CRC) é a segunda principal causa de morte por câncer nos Estados Unidos, onde evidências indicam que o rastreamento do CRC pode reduzir a incidência e a mortalidade, mas permanece subutilizado, especialmente entre grupos minoritários e populações de baixa renda. A adoção de estratégias de fácil implementação por centros comunitários de saúde aumentou as taxas de rastreio entre grupos vulneráveis.

Disfunções sexuais induzidas por tratamentos do câncer de mama podem prejudicar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Estudo multicêntrico italiano publicado na The Breast resume as atuais intervenções farmacológicas e não farmacológicas disponíveis para o tratamento das disfunções sexuais em pacientes e sobreviventes de câncer de mama.

Recomendações atualizadas  sobre cuidados paliativos no tratamento do câncer foram desenvolvidas para refletir novas evidências publicadas desde a diretriz de 2016, abordar novas questões de pesquisa e esclarecer ainda mais o papel dos cuidados paliativos em oncologia. Considerações e insights sobre as diretrizes estão em artigo de Ferrel et al. no JCO Oncology Practice.