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Estudo de coorte com 2.200 pacientes publicado no JAMA Network Open mostrou diferenças no status dos receptores hormonais, histórico familiar e raça e etnia autorrelatadas entre o status ERBB2-low e ERBB2-negativo. “Nos tumores negativos para receptores hormonais, o status ERBB2-low foi associado a uma melhor sobrevida em comparação com o status ERBB2-negativo”, observaram os autores, sugerindo que o câncer de mama ERBB2-low pode ser uma entidade biológica distinta. A patologista Filomena Marino Carvalho (foto) analisa os resultados.

Microbioma IntestinalPesquisadores do UT Southwestern Medical Center analisaram uma coorte diversificada de pacientes submetidos a tratamento definitivo para câncer retal e identificaram assinaturas distintas do microbioma intestinal associadas à raça e etnia, assim como a idade de início da doença. O estudo foi publicado no Journal of Immunotherapy and Precision Oncology, com resultados que podem apoiar futuros esforços de prevenção e tratamento baseados na manipulação do microbioma.

mama 2020 bxPesquisa publicada na Cancer Discovery revela o papel da epigenética na recorrência do câncer de mama positivo para receptores de estrogênio (ER+), identificando como a terapia hormonal para reduzir o risco de recorrência pode, em alguns casos, desencadear mudanças epigenéticas que alteram o estado de células tumorais, que terminam por “hibernar” para evitar o tratamento e “acordar” anos mais tarde, em uma recidiva difícil de tratar. “Este estudo avança na compreensão da dormência induzida pela terapia, com potenciais implicações clínicas para o câncer de mama”, destacam os autores.

A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) emitiu uma declaração1 enfatizando a necessidade urgente de equidade global nos ensaios clínicos. “Ao melhorar o acesso global aos ensaios clínicos e a aumentar a representação na pesquisa em câncer, não só melhoraremos os resultados em todo o mundo, mas também defenderemos os princípios de imparcialidade e justiça nos cuidados em saúde”, defendem os autores em artigo publicado no JCO Global Oncology. A oncologista Rachel Riechelmann (foto), diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center, comenta o trabalho.

daniel fernandesEstudo de Tankel et al., que analisou 15 anos de resultados de uma rede regional de câncer gastrointestinal superior, mostra que os regimes FLOT (fluorouracil, leucovorina, oxaliplatina e docetaxel) e DCF (docetaxel, cisplatina e 5-fluorouracil) proporcionaram resultados significativos no adenocarcinoma esofágico quando combinados com a ressecção transtorácica em bloco, com sobrevida global em 5 anos de 50,0% e 59,7%, respectivamente. A íntegra do artigo está no Annals of Surgical Oncology. O cirurgião oncológico Daniel Fernandes (foto) analisa os resultados.

paciente jovem mama 2019 bxUm programa multimodal de estilo de vida que compreende intervenções de aconselhamento sobre atividade física, nutrição e psico-oncologia pode melhorar os comportamentos de saúde e a situação psicossocial em crianças, adolescentes e jovens adultos sobreviventes de câncer? Ensaio clínico randomizado publicado no JAMA Network Open não mostrou diferença significativa entre as coortes que receberam a intervenção e o grupo controle. “No entanto, ambos os grupos relataram necessidades reduzidas, melhoria da qualidade de vida, redução da fadiga e elevada satisfação com o programa”, observaram os autores.

emaO Comitê de Medicamentos para Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu um parecer positivo recomendando a aprovação de enzalutamida como monoterapia ou em combinação com terapia de privação androgênica para o tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático hormônio-sensível (nmHSPC) com recorrência bioquímica (BCR) de alto risco que são inadequados para radioterapia de resgate1. A decisão é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 EMBARK.

pilar 2022 bxMulheres diagnosticadas com câncer de mama durante a gravidez ou no primeiro ano após o parto têm pior prognóstico do que aquelas diagnosticadas antes da gravidez, refletindo a biologia tumoral adversa e o estágio avançado no momento do diagnóstico. É o que revelam dados de grande estudo de base populacional, indicando, ainda, pior prognóstico para as mulheres diagnosticadas durante o segundo e terceiro trimestres do período gestacional. A oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto) comenta os resultados.

Prostata 2018 2 NET OKO estudo de fase III SWOG S1216 mostrou que biomarcadores ósseos elevados estão associados a um risco aumentado de morte no câncer de próstata sensível a hormônios (CPSH), independentemente do status de metástases ósseas, identificando três grupos de risco com diferentes resultados de sobrevida global (SG). Agora, análise de subgrupo do S1216 relata a associação de biomarcadores ósseos com SG em homens com CPSH e metástases ósseas, descrevendo quatro grupos de pacientes com desfechos diferenciais de SG com base em biomarcadores ósseos.

gabriel aleixo bxO oncologista brasileiro Gabriel Aleixo (foto), médico na Universidade da Pensilvânia, é primeiro autor de estudo publicado no Journal of Geriatric Oncology que avaliou as diferenças raciais na composição corporal e na sobrevida em pacientes com tumores gastrointestinais. “A maioria dos estudos até o momento avaliou pacientes predominantemente brancos, e o papel da composição corporal entre minorias raciais é desconhecido”, observam os autores.

prostata 23Estudo de Antonarakis e colegas publicado na Prostate and Prostatic Disease mostra que a maior infiltração tumoral de células natural killer (NK) foi associada a melhor sobrevida global em 28 dos 45 tipos de câncer analisados, incluindo câncer de próstata (CaP). “Utilizando o maior conjunto de dados disponível até o momento, demonstramos que as células NK infiltram ampla gama de tumores, incluindo o CaP primário e metastático”, destacam os autores, indicando que são uma opção viável para futuras abordagens de imunoterapia.

beatriz lebre martinsEnsaio histórico publicado no Lancet Regional Health Americas investiga as profundas mudanças provocadas pelo comércio transatlântico de escravos da África para as Américas, explorando as conexões entre a dinâmica do período colonial no Brasil e o atual panorama epidemiológico do câncer de cabeça e pescoço (CCP). O trabalho tem como primeira autora a pesquisadora Beatriz Figueiredo Lebre Martins (foto), da Unicamp, com participação do LACOG e do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço.

conflitoConflitos de interesse resultantes dos pagamentos da indústria farmacêutica a oncologistas são reconhecidos como um fator preditivo para a aprovação regulatória e a incorporação de diretrizes terapêuticas de baixo valor, enquanto as despesas com tratamentos oncológicos disparam, muitos com benefícios clínicos marginais, ou mesmo nenhum. A crítica está no JCO Oncology Practice, em estudo que revela a extensão do problema na Holanda, com quase 1 milhão de euros pagos entre 2019 e 2021, alcançando 48,8% dos oncologistas.

palladino 400x225No estudo CALGB/SWOG 80405 a expressão de HER2 foi prognóstica e preditiva em pacientes com câncer colorretal metastático (mCRC) recebendo terapia de primeira linha e informam oportunidades de tratamento personalizado, como relatam Battaglin et al. em artigo no Journal of Clinical Oncology. Alexandre Palladino, chefe da oncologia clínica do Hospital do Câncer I (INCA), comenta os resultados.

Robson Ferrigno NET OK 2Estudo internacional analisou o uso da radioterapia (RT) em oito tipos de câncer (esôfago, estômago, fígado, cólon, reto, pâncreas, pulmão e ovário), em pacientes diagnosticados na última década, a partir de 16 jurisdições internacionais com sistemas de saúde semelhantes, em três continentes. Os resultados mostram grandes variações, tanto na frequência da utilização de RT pós-diagnóstico, quanto no tempo até o primeiro tratamento, e destacam a necessidade de examinar o uso da radioterapia como uma questão global no controle do câncer. O radio-oncologista Robson Ferrigno (foto) analisa os principais achados.

BARRIOS NET OKA associação de ribociclibe e terapia endócrina melhorou significativamente a sobrevida livre de doença invasiva em pacientes com câncer de mama HR+/HER2− com doença inicial estágio II e III. Os resultados são do estudo randomizado de Fase 3 NATALEE e foram publicados na New England Journal of Medicine (NEJM), em artigo com participação do oncologista Carlos Barrios (foto).