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Resultados iniciais de um estudo de dois anos, apresentado no congresso da Associação Europeia de Urologia em Paris, sugerem que não há risco aumentado de recorrência em pacientes que fizeram um teste de biomarcador urinário em vez de uma cistoscopia flexível padrão como estratégia de seguimento após a cirurgia do câncer de bexiga. A nova pesquisa é a primeira a avaliar um teste de biomarcador urinário em pacientes de alto risco através de um estudo randomizado e controlado.

Resultados atualizados do estudo TOPAZ-1 de Fase III mostraram que durvalumabe (Imfinzi®, da AstraZeneca) em combinação com a quimioterapia padrão demonstrou benefício clinicamente significativo na sobrevida global (SG) a longo prazo para pacientes com câncer do trato biliar avançado. Esses resultados são o acompanhamento de sobrevida mais longo já relatado para um estudo global randomizado de Fase III neste cenário.

Não há consenso sobre o tratamento de segunda linha de pacientes com neoplasias neuroendócrinas progressivas de alto grau (NENs G3) e carcinoma neuroendócrino pulmonar de grandes células, que geralmente apresentam status de desempenho ruim e baixa tolerância à terapia combinada. Resultados de ensaio de fase II sugerem a eficácia e segurança de temozolomida intermitente em pacientes com NENs G3 avançados pré-tratados com platina.

A 39ª edição do congresso da Associação Europeia de Urologia (EAU) destacou novos achados sobre a triagem do câncer de próstata, mostrando que um simples exame de sangue a cada cinco anos é suficiente para rastrear homens de baixo risco. Os resultados foram apresentados por Peter Albers, do Departamento de Urologia da Heinrich-Heine University Düsseldorf, em estudo com publicação simultânea na European Urology.

A adição de 177-Lu à enzalutamida melhorou a sobrevida livre de progressão do PSA no câncer de próstata metastático resistente à castração, fornecendo evidências de maior atividade anticancerígena em pacientes com fatores de risco para progressão precoce com enzalutamida. Os resultados são de estudo de Emmett et al. publicado no Lancet Oncology.

Leandro Luongo Matos (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, é o primeiro autor das diretrizes latino-americanas para o cuidado de pacientes com câncer de cabeça e pescoço, publicadas no JCO Global Oncology. O consenso apresenta evidências do manejo do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, considerando a disponibilidade de recursos e o benefício oncológico.

Estudo do Gynecologic Oncology Group (GOG-279) destacado em 2023 no congresso anual da Sociedade de Oncologia Ginecológica mostrou que cisplatina e gencitabina semanais concomitantes com IMRT melhoraram a resposta patológica completa em mulheres com carcinoma espinocelular vulvar irressecável. Os resultados estão agora em artigo de Horowitz et al. no Journal of Clinical Oncology (JCO). “O estudo GOG279 tem o potencial de mudar nossa prática clínica no tratamento do câncer de vulva localmente avançado”, diz Eduardo Paulino (foto), oncologista do INCA, que comenta os principais achados.

O câncer de próstata é o câncer mais comum nos homens em 112 países. A Comissão Lancet em Câncer de Próstata, constituída para propor estratégias capazes de minimizar a carga da doença – especialmente em países de baixa e média renda - apresenta projeções de casos de câncer de próstata em 2040, com base nas alterações demográficas e no aumento da expectativa de vida. O brasileiro Daniel Herchenhorn (foto) integra a Comissão.

A superexpressão das oncoproteínas E6 e E7 do papilomavírus humano (HPV) é necessária para a carcinogênese cervical induzida pelo HPV e, portanto, essas oncoproteínas são promissores biomarcadores para a detecção do câncer cervical. Estudo de Downham et al. avaliou as características técnicas e operacionais do teste OncoE6/E7 em mulheres HPV-positivas que vivem com e sem HIV em países de baixa e média renda, com achados que justificam a necessidade de refinar o teste de oncoproteínas antes de sua implementação nas abordagens de triagem e tratamento. Adeylson Guimarães Ribeiro, diretor adjunto de Informação e Epidemiologia da Fundação Oncocentro de São Paulo, comenta os resultados.

joao paulo solar vasconcelos bxJoão Paulo Solar Vasconcelos (foto), oncologista na University of British Columbia, em Vancouver, Canadá, é primeiro autor de estudo que avalia a localização do tumor primário do cólon transverso como um biomarcador no câncer colorretal metastático. Os resultados foram publicados no periódico Clinical Cancer Research.

pancreasAlgorítmos computacionais, deep learning e robôs que analisam grandes conjuntos de dados baseados na extração de registros eletrônicos de saúde. Em artigo no Lancet, Anirban Maitra e Eric Topol descrevem experiências bem-sucedidas que ajudam a entender como a inteligência artificial começa a se mostrar um caminho promissor na vigilância do câncer de pâncreas.

A literatura sobre custo-efetividade de terapias sistêmicas no câncer de mama avançado dificilmente representa as perspectivas dos países de renda média e baixa e é influenciada pelo financiamento da indústria farmacêutica. A conclusão é de revisão sistemática publicada no The Breast, em artigo que tem o oncologista Felippe Lazar Neto (foto), do ICESP, como primeiro autor.

mulheres corpoEstudo que incluiu quase 180 mil mulheres pós-menopausa inscritas no UK Biobank analisou até que ponto os fenótipos da forma corporal e o risco de câncer de mama (CM) na pós-menopausa são mediados por marcadores bioquímicos. Os resultados mostram diferentes vias que ligam formatos corporais específicos ao risco de câncer de mama, sugerindo a mediação através da testosterona e do IGF-1 na relação entre um formato corporal geralmente obeso e o risco de CM, enquanto o IGF-1 e o SHBG podem mediar o risco de CM em uma pessoa alta/magra.