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Análise combinada de três grandes estudos randomizados (PORTEC 1, 2 e 3) buscou identificar potencial ligação entre idade avançada e piores desfechos no câncer do endométrio.  Os resultados foram publicados por Wakkerman et al. no Lancet Oncology e mostram que o aumento da idade elevou tanto o risco global de recorrência do câncer de endométrio quanto o risco de morte câncer específico, indicando que a idade avançada foi associada a maior frequência de invasão miometrial profunda, histologia serosa, mutações de p53 e recorrência vaginal. A oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto) comenta os principais achados.

Resultados de Penault-Llorca e colegas publicados no ESMO Open confirmam o valor do escore EPclin como um parâmetro prognóstico independente em pacientes com câncer de mama inicial positivo para receptor hormonal (RH+) e negativo para receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2-) com linfonodo positivo que recebem tratamento adjuvante padrão.

Análise post hoc do estudo FOWARC avaliou o papel da radioterapia pré-operatória no LARC de início precoce, comparando as características clinicopatológicas do câncer retal localmente avançado (LARC) de início precoce e tardio, bem como dados de longo prazo. Os resultados mostram que pacientes com LARC de início precoce podem não se beneficiar da radioterapia neoadjuvante na mesma medida que os pacientes com LARC de início tardio.

Estudo de mundo real publicado no Lung Cancer Journal avaliou a integração dos cuidados paliativos e sua relação com a intensidade dos cuidados de fim de vida em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas. “Os cuidados paliativos ainda não estão suficientemente integrados para essa população de pacientes”, afirmaram os autores.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de enzalutamida como monoterapia ou em combinação com terapia de privação androgênica para o tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático hormônio-sensível (nmHSPC) com recorrência bioquímica (BCR) de alto risco que são inadequados para radioterapia de resgate1. Baseada nos resultados do estudo de Fase 3 EMBARK2, a decisão foi publicada no Diário Oficial da União dia 29 de abril.

Mapeamento entre populações de ascendência europeia e do leste asiático que envolveu mais de 254 mil pessoas representa um avanço significativo na compreensão dos processos genéticos e biológicos associados ao câncer colorretal (CCR), identificando 136 supostos genes de suscetibilidade e 56 candidatos a genes-alvo não relatados anteriormente para risco de CCR. O oncogeneticista José Cláudio Casali da Rocha (foto), Head da Oncogenética do A.C. Camargo Cancer Center, comenta os resultados.

A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu aprovação total ao conjugado anticorpo-droga tisotumab vedotin (Tivdak®, da Seagen Inc., agora da Pfizer) para o tratamento do câncer cervical recorrente ou metastático em pacientes que progrediram da doença após quimioterapia. A decisão foi anunciada 29 de abril com base nos resultados de eficácia e segurança do estudo de fase III innovaTV 301.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de osimertinibe (Tagrisso®, Astrazeneca) associado à quimioterapia à base de platina no tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas localmente avançado ou metastático com mutação de EGFR (deleção do éxon 19 ou mutação L858R). Publicada no Diário Oficial da União1 dia 16 de abril, a decisão é baseada nos resultados do estudo randomizado de Fase 3 FLAURA2, apresentado na Conferência Mundial sobre Câncer de Pulmão de 2023 (WCLC 2023) e posteriormente publicado na New England Journal of Medicine (NEJM)2.

Resultados de 5 anos do estudo de fase 2 OLIGOPELVIS (GETUG-P07) mostram que a combinação de 6 meses de terapia de privação androgênica (ADT) e radioterapia nodal eletiva (ENRT) em homens com oligorrecorrência nodal pélvica (< 6 lesões) de câncer de próstata parece prolongar o controle do tumor, com toxicidade limitada. O radio-oncologista Rodrigo Hanriot (foto) comenta o trabalho.

Maiores sentimentos de solidão e isolamento social foram associados a um maior risco de mortalidade entre os sobreviventes do câncer, de acordo com um estudo longitudinal retrospectivo publicado por Jingxuan Zhao e colegas no Journal of the National Comprehensive Cancer Network (JNCCN). “Sobreviventes com solidão severa tiveram um risco aumentado de 67%”, destacaram os pesquisadores.

Resultados do ensaio de Fase III DESTINY-Breast06 demonstraram benefício de trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, AstraZeneca e Daiichi Sankyo) em pacientes com câncer de mama metastático HR-positivo, HER2-baixo (IHC 1+ ou 2+/ISH-) após uma ou mais linhas de terapia endócrina, com melhora clínica e estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação com a quimioterapia padrão. A análise também mostrou benefício de SLP entre pacientes com expressão ultrabaixa de HER2 (definido como IHC 0 com coloração da membrana; IHC >0<1+).

Estudo realizado por pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSKCC) apoia um modelo de rastreio universal e uma estratégia de encaminhamento opt-out para diminuir as disparidades no acesso ao tratamento antitabagismo e sua utilização no tratamento do câncer. “Ao normalizar o rastreio e o tratamento do uso do tabaco como elementos essenciais dos cuidados oncológicos de alta qualidade, um rastreio universal do tabaco e uma estratégia de encaminhamento opt-out podem mitigar o estigma associado ao envolvimento dos pacientes no tratamento do tabaco”, afirmaram os autores em artigo publicado no JAMA Network Open.

Lin et al. desenvolveram modelos combinados baseados em ressonância magnética multiparamétrica da mama e características clinicopatológicas para prever a resposta terapêutica do tumor primário e do nódulo positivo axilar antes do tratamento. “Em nosso estudo, a taxa de resposta patológica completa do câncer invasivo residual foi de 35,1%, em linha com os 34% relatados no ensaio ACOSOG Z1071, e a taxa de resposta patológica completa do linfonodo axilar (ALN) na metástase residual do ALN foi de 50,0%, superior a 41,1% no mesmo ensaio”, destacam os autores.

Revisão sistemática e meta-análise buscou avaliar se o prognóstico em tumores ginecológicos é influenciado positivamente pela obesidade. Os resultados publicados no International Journal of Gynecologic Cancer sugerem que a obesidade não tem um efeito prognóstico positivo na sobrevida em mulheres com diagnóstico de câncer ginecológico.

Com o objetivo de desenvolver um produto nacional e disponível para o Sistema Único de Saúde (SUS), pesquisadores do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas de São Paulo avançam em uma solução acadêmica com células CAR-T para o tratamento de malignidades hematológicas. Os primeiros resultados de eficácia e segurança estão em artigo de Camila Donadei e colegas, publicado na Bone Marrow Transplantation (Nature), em trabalho que tem como autor sênior o hematologista Diego Villa Clé.