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O sexo e o gênero são moduladores da saúde e doença e podem ter impacto na distribuição do tratamento e na sobrevida dos pacientes com câncer. Estudo que analisou o impacto do sexo e gênero no tratamento e na sobrevida global em pacientes com câncer de pâncreas em estágio I-III mostrou disparidades importantes, indicando que na comparação com homens, as mulheres receberam menos quimioterapia sistêmica e tiveram pior sobrevida global.

Estudo publicado no JAMA Oncology demonstrou que pacientes com tumores sólidos muito avançados não apresentaram melhora significativa na sobrevida global após a terapia sistêmica. “Os resultados reforçam a importância de informar os pacientes sobre o real benefício da terapia sistêmica na terminalidade, permitindo se concentrar em opções de cuidados paliativos e de suporte que demonstraram melhorar a qualidade de vida e a sobrevida”, destaca a publicação.

Quais são as abordagens de tratamento atualmente recomendadas para o manejo da fadiga relacionada ao câncer em adultos sobreviventes da doença? A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e a Sociedade de Oncologia Integrativa (SIO) reuniram e examinaram as evidências publicadas desde a diretriz publicada em 2014 para oferecer recomendações atualizadas para o manejo da fadiga relacionada ao câncer. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO). O oncologista Ricardo Caponero (foto) comenta os resultados.

Em estudo observacional, retrospectivo, a radioterapia corporal estereotáxica ablativa (SABR) para todas as oligometástases teve impacto na sobrevida global e livre de progressão, como descrevem Salim et al. em artigo no JCO Global Oncology.

Estudo que mapeou percepções sobre as barreiras ao rastreamento do câncer do colo do útero em sete países europeus identificou que a organização dos sistemas de saúde e a maturidade dos programas de rastreio diferem entre os países, enquanto as barreiras psicológicas das mulheres vulneráveis apresentam várias semelhanças, entre elas o medo, a vergonha e a falta de prioridades nos cuidados preventivos.

O nariz eletrônico, também chamado de e-nose, usa sensores e inteligência artificial para detectar câncer no ar exalado e demonstrou excelente sensibilidade e especificidade no cenário de rastreamento do câncer de pulmão. Estudo de fase IIc publicado no Journal of Thoracic Oncology demonstrou que a tecnologia E-nose também apresentou boa concordância com a histopatologia em tumores em estágio clínico I e pode ser uma ferramenta de bioengenharia útil no diagnóstico do câncer de pulmão inicial.

Desde 2020, a Swissmedic (Agência Suíça para Produtos Terapêuticos) participa do Projeto Orbis, um programa colaborativo lançado em 2019 pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para agilizar o acesso dos pacientes a medicamentos contra o câncer. Análise comparativa publicada no Lancet Oncology mostrou que a participação no Projeto Orbis reduziu a lacuna de submissão e o tempo de revisão para pedidos de oncologia na Swissmedic em relação à agência norte-americana, assim como acelerou as decisões de consenso.

Estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) fornece evidências da associação entre o uso de talco genital e um risco aumentado de câncer de ovário. "Apesar dos desafios na avaliação do histórico de exposição e dos vieses inerentes aos dados retrospectivos, nossas descobertas são robustas, mostrando uma associação consistente entre o uso de talco genital e o câncer de ovário", disse Katie O'Brien, epidemiologista do National Institute of Environmental Health Sciences e primeira autora do trabalho.

Análise que envolveu uma grande coorte de pacientes com câncer de mama receptor hormonal negativo e HER2 positivo sugere que uma estratégia baseada em ressonância magnética (RM) pode desintensificar a quimioterapia (QT) neoadjuvante. Os resultados foram publicados no Lancet Oncology e mostram que 87% daqueles com resposta radiológica completa na RM após QT neoadjuvante tiveram resposta patológica completa.  Se confirmados na análise de sobrevida livre de eventos, esses dados indicam que um em cada três pacientes poderia ser tratado com apenas três ciclos de QT neoadjuvante. Lucíola de Barros Pontes (foto), oncologista clínica do Hcor, comenta os resultados.

Jessé Lopes da Silva (foto) é primeiro autor de estudo que analisou fatores e tendências associados ao local de morte por câncer no Brasil, no período de 2002 a 2021. A oncologista Andreia Cristina de Melo é autora sênior (na foto, à direita). Os resultados foram publicados no Lancet Regional Health Americas e mostram que apenas 17,7% das mortes por câncer no Brasil ocorrem no domicílio, com tendências distintas ao longo do tempo, associadas a diferenças regionais, raciais e de nível educacional.

Cerca de 1,5 mil participantes da Argentina, Brasil, Chile, México e Uruguai compõem a base de análise do Estudo de Perfil Molecular do Câncer de Mama, com resultados que representam avanços significativos na compreensão de procedimentos oncológicos em cenários de mundo real na América Latina. As pesquisadoras Dirce Maria Carraro (foto), do AC Camargo Cancer Center, Maria Aparecida Nagai, do ICESP, e Marcia Maria Marques, do Hospital de Câncer de Barretos, participam do estudo, publicado no JCO Global Oncology.

Estudo que buscou definir referências globalmente aplicáveis para exenteração pélvica em pacientes com câncer retal primário localmente avançado (LARC) e recidivado (LRRC) estabeleceu 10 parâmetros que representam o melhor padrão de cuidados, a partir de indicadores de 16 centros mundiais altamente especializados. Os resultados estão no Annals of Surgery, em publicação ahead of print, com participação dos brasileiros Samuel Aguiar Jr e Tiago Bezerra (foto), do A. C. Camargo Cancer Center.

Pesquisadores da Johns Hopkins identificaram que variações específicas em três genes relacionados à manutenção do comprimento dos telômeros – as extremidades protetoras do DNA nos cromossomos – podem explicar até 4,5% dos cânceres papilares da tireoide. Os achados estão no The American Journal of Human Genetics e confirmam pesquisas anteriores da mesma instituição, indicando que telômeros muito longos estão ligados ao desenvolvimento de certos tipos de câncer.